terça-feira, 18 de setembro de 2007

A saga do relvado continua 4 anos depois



Amanhã iremos jogar com o Manchester United pela segunda vez no nosso novo Estádio José Alvalade (que se designa assim por força dos estatutos e não é "21" como querem impingir-nos por ignorância ou má fé).

Confesso que tive um flashback desse quentíssimo dia 6 de Agosto em que o Estádio foi inaugurado com uma vitória por 3-1 e um show do Ronaldo que não voltaria a pisar o nosso relvado.

E foi sobre este (o relvado e não o Ronaldo) que tive o flashback...

No dia da inauguração do estádio, bem como no dia do primeiro jogo oficial no mesmo (frente ao Belenenses) os tufos de relva que voavam eram incríveis e o "tapete" verde era indigno desse mesmo nome. Logo se encontraram responsáveis (os que colocaram o relvado) que viriam a fazer o mesmo no novo estádio do FC Porto com os mesmos (péssimos) resultados...

Optámos, então, por um relvado com fibras sintéticas para melhor aderência e a coisa foi andando assim até final do ano passado quando ouvimos um jogador do Sporting (Caneira) dizer que com aquele relvado até podia haver lesões e que era difícil jogar ali.

Em Janeiro, após o concerto dos Rolling Stones, toca de trocar de relvado, alegando que a substituição do concerto foi suportada pelos promotores do evento (o que até parece que nem corresponde à verdade, mas nem entro por aí).

Seis meses depois, no último jogo em casa com o Belenenses (e depois no jogo da Selecção contra a Sérvia), o relvado continuava a apresentar-se deficiente, sendo frequente vermos os jogadores a calcar os pedaços de relva levantados.

Já ouvi muitas hipóteses para o estado deplorável da nossa relva: o relvado ainda é novo e precisa de enraizar (geralmente utilizada nos primeiros meses do relvado); existe muita poluição; a relva apanha pouco sol e muita humidade porque as novas bancadas fazem muita sombra, etc.

O que sei é que em relação ao estádio antigo (com excepção daquele incidente em vésperas do jogo contra o Monaco para a Liga dos Campeões em que parecia futebol de praia tal a areia deitada no relvado, com consequências drásticas para o pobre funcionário que trocou fungicida por herbicida e "matou" a relva) a única diferença é a altura das bancadas que reduzem, eventualmente, a exposição solar.

No passado sábado o jornal «A Bola» aventava a possibilidade do relvado ser trocado novamente, não se coibindo o porta-voz oficial do Sporting, Miguel Salema Garção, de declarar que o Sporting não enjeitava a hipótese de "pedir responsabilidades" pelo sucedido.

Agora aqui é que paro. A quem devemos pedir responsabilidades pelo sucedido? A quem colocou o último relvado? Mas os problemas são similares aos que aconteceram anteriormente... A quem concebeu o estádio porque fê-lo de forma a ter pouca exposição solar (e não podemos fazer como se faz no ArenA em que o relvado desliza para fora do estádio para melhor exposição ao sol)? Aos dirigentes do Sporting que não sabem resolver o problema definitivamente?

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