quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Será que é desta?



Está já concluída, desde dia 17 de Outubro, a mudança de relvado do nosso estádio. Este sábado, o plantel principal irá fazer um treino em Alvalade e testar pela primeira vez o relvado, que terá a sua "inauguração", no domingo frente à Naval.
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Num estádio que desde 2003 tem sido alvo de várias críticas, a maioria delas sem nexo e por pura inveja, o relvado tem sido sem dúvida o maior "problema". Sinceramente, uma vergonha os "tapetes" que por lá, já foram implantados.
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Será que é desta que vamos ter um relvado em condições? Espero que sim...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Depois das "rotatividades" tem de vir o equilíbrio...



Na conferência de imprensa prévia ao jogo de amanhã contra o Fátima, Paulo Bento disse que "a concentração e a segurança não devem fazer só parte do sector defensivo". "Temos de encontrar um equilíbrio que nos permita ir à procura de anular a desvantagem".

Ora bem, não podia concordar mais. E até concretizo: o Miguel Veloso dá segurança ao sector intermédio da equipa do Sporting, pelo que não há necessidade de o fazer recuar para o sector defensivo, onde temos mais dois centrais para poder utilizar (Gladstone e Paulo Renato), já para não falar de outros que mandámos embora (como o Semedo e o Daniel Carriço, p.ex.).

Agora temos de encontrar um "equilíbrio", meu caro Paulo Bento, porque na 1.ª mão a equipa foi desequilibrada, a pretexto de fazer descansar os jogadores por causa do jogo com o Roma e fazendo uso da tão propalada "rotatividade". Agora, vamos ter de ganhar com 2 golos de diferença, ir "atrás do prejuízo" da 1.ª mão, enquanto podíamos ter resolvido (ou contribuído para isso) a eliminatória nessa altura.

É este apelo pela vertigem, a propensão para dar tiros no pé, que eu não consigo compreender no Sporting. E não é de hoje.

Domingo teremos um jogo contra a Naval que, à partida, poderia pensar-se que seria mais acessível, mas que, com a diferença pontual que registamos para o primeiro lugar e com a mudança de treinador registada na Figueira da Foz, deve ser encarado com todas as cautelas necessárias.

Mais uma vez, devido ao jogo de quarta contra o Roma, temo pela tal "necessidade" de dar descanso a quem, passados 2 meses desde o início do campeonato está "cansado"...

Domingo não irei aplaudir a equipa quando ela entrar. Será a minha forma de protesto, não pelos maus resultados, mas pela falta de querer, de garra, de empenho, de vontade de lutar contra as adversidades para a procura da vitória.

Espero que amanhã me dêem razões para ficar a pensar duas vezes...

"Bestial ou Besta"?

Kasper Schmeichel, foi nas primeiras jornadas do campeonato inglês uma das revelações da Premier League. O Manchester City liderava o campeonato e Kasper ainda não tinha sofrido golos. Neste momento, para espanto de muitos, foi emprestado ao Cardiff. “Bestial ou Besta”?

Tarik Sektioui, avançado do F.C.Porto, uma das contratações de Co Adriaanse, fez uma primeira época no clube muito má, foi preterido pelo holandês e mais tarde por Jesualdo Ferreira, foi arrasado pela comunicação social, tendo sido emprestado a um clube holandês de segundo nível. Regressou esta época ao F.C.Porto e quando todos diziam que não tinha lugar no plantel e iria ser dispensado, é neste momento titular, tem feito boas exibições e marcado golos. “Besta ou Bestial"?

Paulo Bento, conquistou uma Taça de Portugal e uma Supertaça, dois segundos lugares no campeonato que equivaleram a duas entradas directas na Liga dos Campeões. Foi um treinador bestial?

Perdemos com o Fátima, com a Roma, empatámos um jogo com o Nacional. Estamos a jogar sem chama, sem garra e sem confiança. Será o treinador uma “besta”?

Como alguns jogadores na equipa, Paulo Bento ainda necessita de ganhar experiência e maturidade que só os jogos podem dar.

Reconheço que ele é teimoso, viu-se isso frente ao Nacional, bastava ainda na primeira parte ter posto o Miguel Veloso no meio-campo, para provavelmente ganharmos o jogo. Errou, mas errar é humano, não o reconhecer é burrice.

Adrien e Paulo Renato são jogadores a quem devia ser dada uma oportunidade, Varela não devia ter saído, Paredes e Farnerud, são apostas falhadas, continuar a pô-los em campo é não acrescentar nada ao valor da equipa. De que serve jogar com um homem alto na área adversária (Purovic), se não lhe chegarem lá as bolas?

Paulo Bento ainda não é um grande treinador, nem o podia ser só com dois anos de banco, mas é o nosso treinador. Tem coragem, tem personalidade, tem carácter, é disciplinado e rigoroso, tem categoria para ir mais além, estou certo que irá. Espero que seja no Sporting!

Porque não tenho memória curta, não contem comigo para o apupar, como alguns pseudo sportinguistas o fizeram no Aeroporto de Lisboa, à chegada do Funchal. A minha maneira de ser não o permite, o meu sportinguismo muito menos.

No final da época, quando fizermos o balanço final, podem acreditar que ainda vamos “andar com ele ao colo”!

domingo, 28 de outubro de 2007

Sem chama, sem alegria, sem vontade...



Se no último jogo, ao contrário de alguns dos meus "colegas blogueiros", achei que o Sporting, apesar de ter cometido algumas infantilidades, não tinha merecido perder, sobretudo devido à actuação do árbitro, na partida de ontem frente ao Nacional, acho que até posso dizer, que tivemos sorte em não perder.
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Esta equipa de Paulo Bento, está transfigurada. Se há algo que gostava na equipa, desde que Paulo Bento tomou o comando, era a atitude, a garra que colocava no jogo. Não é preciso recuar a um passado muito distante, para ver a forma como o Sporting entrava nas partidas e ao intervalo praticamente já as tinha resolvido. Agora é ao contrário, as primeiras partes são sempre sofríveis e parece que andamos sempre a dar de avanço.
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O Sporting atravessa uma fase má e não é agora que vou virar a cara ao clube, como a maioria faz, sim aqueles que só vão a Alvalade quando estamos bem, mas... assim fica complicado. Não estou a gostar da atitude da equipa e não estou a gostar do fraco futebol que apresentamos. Para mim (principalmente nestes últimos jogos) apresento uma teoria, que poderá não explicar tudo, mas que acho que tem sido, o principal erro e teimosia de Paulo Bento.
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É certo, que como o povo costuma dizer: "Sem ovos não se fazem omoletes", mas continuo sem perceber algumas das decisões do nosso técnico. Paulo Bento pode até se "queixar" que não tem um plantel com grandes soluções, mas basta dar um exemplo... porque continua Adrien a ser sistematicamente preterido, em detrimento de jogadores como Paredes ou Farnerud? Aí já não se trata de falta de "matéria prima", é uma decisão do treinador.
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Deixendo isso de lado, vou direito ao fulcral da questão. Na minha opinião e eu que sou apenas um treinador de bancada e que vê futebol, quase desde que nasceu, a grande teimosia de Paulo Bento, o seu grande erro nestas últimas partidas, tem sido o manter o Miguel Veloso a central. Vejamos, com Miguel Veloso a central perdemos o primeiro homem que sai com a bola jogável para começar a construír o ataque e perdemos a primeira barreira que os adversários têm quando atacam a nossa baliza. Mais, com Miguel Veloso recuado, obriga-se a que João Moutinho também recue. Se acho que João Moutinho encostado a uma das alas, também não rende o que pode render, a jogar a trinco também não tem tanta participação no ataque. Não só perdemos poder de ataque, como perdemos alguém a fechar defensivamente, uma das laterais.
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Podem agora dizer, que com Polga de fora, que poderia o Paulo Bento fazer? Meus amigos, o Gladstone não é tão mau como pareceu frente ao Fátima e logo aí uma substituição de central por central resolvia. Mais uma opção, se quer recuar Miguel Veloso, porque não lançar Adrien a trinco? Esse está na cara que não engana. Não perdíamos meio-campo e tínhamos alguém que sabe destruír, mas que também sabe construír e saír com a bola jogável.
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Ontem ao intervalo, ainda pensei que Paulo Bento fosse optar por uma 3ª solução com a entrada de Ronny. Ou seja, passar Marian Had para central, colocar Ronny como lateral esquerdo e subir Miguel Veloso para o meio-campo, retirando por exemplo Izmailov. Mas não, para meu espanto acabou por tirar Had e colocar Ronny, que ideia foi aquela? nâo mais que na minha opinião, queimar uma substituição.
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Enfim, como já disse por aqui muitas vez, é fácil criticar quando as coisas estão mal, mas por outro lado, acho que temos que ser os primeiros a olhar para o nosso umbigo e ver que defeitos temos, para podermos melhorar. Como alguém um dia disse: "Estou convencido das minhas próprias limitações e esta convicção é a minha força."
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Continuo como sempre a apoiar no nosso clube e a nossa equipa e é nestes momentos que eles precisam de nós, mas temos muito a corrigir, muito a trabalhar, se queremos ter um futuro a curto/médio prazo mais risonho. Espero que na próxima quarta-feira frente ao Fátima, a equipa se encha de garra e ultrapasse a eliminatória. Força Sporting!

sábado, 27 de outubro de 2007

De Alvalade para Old Trafford

O ano passado, por altura da deslocação do Sporting à Choupana, Nani apontou um belo golo, que deu a vitória sobre o Nacional. Este ano, quando o Sporting se volta a deslocar à Madeira, para defrontar os alvi-negros, este é mais um "leãozinho" a fazer furor em Inglaterra. Nani, apontou este fantástico golo, que abriu caminho à goleada do Manchester United, sobre o Middlesbrough de Fábio Rochemback.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Parabéns Mr. Hauge!



O Sporting até pode ter tido sorte em algumas situações, pode ter sido infantil e ingénuo em outras, principalmente a defender, podemos não ter suplentes à altura dos jogadores principais, mas é pá!!! Chamem-me de mau perdedor, chamem-me do que quiserem, para mim só perdemos este jogo à conta daquele norueguês que para ali andou em campo, a fingir que era um árbitro!
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Estivemos personalizados, até jogámos um futebol aceitável, fomos superiores em muitos momentos e perder assim custa muito. Se não tivemos muitas oportunidades de golo, eles também não as tiveram, se eles tiveram o contratempo do Totti, nós perdemos logo antes da partida começar, o esteio da nossa defesa (Polga). Tivemos sorte no penalty falhado? Também, para mim nem sequer era penalty. Aquele montenegrino, mal entrou, logo na primeira parte mandou-se para a piscina à entrada da área (que não foi marcado) e no penalty fez o mesmo, aliás como em muitas outras situações durante o jogo. Agora o que mais me envervou e que não pode acontecer é o 2º golo...
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Andámos a levar com tudo o que era adeptos adversários, comentadores, etc, etc, aquando o golo do Izmailov (contra o V. Guiamarães), por ter sido precedido de falta (e que aqui no blogue, eu próprio admiti) e será que agora, não há um camelo, sim um camelo de um comentador, que seja capaz de dizer, que a jogada de contra-ataque que dá o 2º golo, começa numa falta!?!?!? Quando o Mexes, corta a bola com a a mão à entrada da área e que veria o 2º cartão amarelo e a consequente expulsão? Ninguém viu!?!?!? Isto para não falar, que o Abel até pode ter sido ingénuo, mas que é puxado pelo tal montenegrino que nem no Ramaldense tinha lugar, no final da jogada, antes de chutar para a baliza!?!?!?
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Meus amigos, andamos a brincar aos "futebóis" e assim não dá! Posso perder com o Fátima justamente e por falta de aplicação, posso perder com o Manchester porque nos foram superiores, não posso perder um jogo, por causa de um árbtiro (que já nos prejudicou mais de uma vez na Europa) só porque se calhar, a "fruta italiana" é mais saborosa que a portuguesa!
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Sou o primeiro a admitir quando perdemos com justiça, quando perdemos porque fomos inferiores, quando perdemos porque não temos equipa para mais, até sou o primeiro a criticar, quando perdemos porque não jogámos nada e por falta de empenho, mas este jogo não perdíamos se não fosse aquela "coisa amarela" que para ali andou de apito na boca! Aassim não!!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Profissionalismo ou a falta dele...



Sou sócio do Sporting precisamente desde que nasci, ou seja há 32 anos. Já vi milhares de jogos do Sporting, em Alvalade, na televisão. Já tive grandes desilusões, assim como grandes e memoráveis alegrias. O Sporting por vezes é azarado, por vezes é prejudicado, por vezes joga muito bem e não ganha, como também por vezes joga mal e a sorte lhe sorri, mas nunca, nunca me custa tanto perder um jogo, como foi este com o Fátima. Simplesmente por falta de empenho, por falta de vontade e também digamos alguma falta de qualidade.
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Se há algo que se aprende na prática desportiva, desde a formação, é que nunca se deve menosprezar o adversário e o que se viu este fim-de-semana no Restelo, foi mais que isso. Foi além da sobranceria, foi a falta de empenho, a falta de garra, a entrega ao jogo. Não vou crucificar o Paulo Bento, como também não crucifico aqueles que criticam a rotatividade de equipa. Já há muito se percebeu que o Sporting (assim como qualquer outros dos chamados grandes) não tem equipa para "rodar". Quando as coisas correm mal, também é mais fácil "atirar a primeira pedra", mas há sem dúvida ali jogadores, que não têm nível para vestir aquela camisola. Gladstone? Paredes? Farnerud? Purovic? Mesmo assim, não deveriam ter estes supostos "suplentes", muito mais qualidade que os jogadores do Fátima? Não são pagos para trabalharem muito mais?
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Sinceramente até me tou pouco ralando para a Taça da Liga, que acho que é a maior estupidez que ultimamente inventaram. Se poucos adeptos temos nos jogos da Liga, se às vezes, nem os estádios enchem em jogos entre os "grandes", quanto mais numa Taça que só serve para sobrecarregar o calendário. Agora, das duas uma, ou o Sporting logo à partida descarta esta competição e põe os juniores em campo (não faziam pior figura) ou se entra, tem de ser para ganhar e para dignificar aquela camisola, aquele símbolo!
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Enfim, muito mais se podia falar, desde a qualidade dos jogadores, à sobrecarga (que parece que só em Portugal é que existe) de jogos, agora o que mais me magoa, o que mais custa é a falta de empenho, a falta de entrega! Posso ficar triste por chegar a Roma e perder por 3 ou por 4, mas se os 11, 12, 13, que entrarem em campo, suarem a camisola, lutarem até à exastão, estarei sempre do lado de todos eles.
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Uma última palavra. Liedson, és o maior! Não és português, não és sportinguista, mas és um profissional a 100%! Deste tudo uma vez mais, deixaste a pele em campo, marcaste um grande golo e no fim ainda foste tu a vir dar a cara, para a comunicação social. Tu sim, vales o que ganhas! Mais que isso... tu sim, mereces vestir aquela camisola!

domingo, 21 de outubro de 2007

Relvado, Rotatividade, Rodagem e Roma


Parece cacofónico mas não é e passo a explicar.

O Sporting irá fazer as duas mãos da 4ª eliminatória da Taça da Liga fora porque o relvado está a ser mudado (esperemos que á quinta – será quinta? – seja de vez!) e o treinador optou por não trocar a ordem das mãos indo jogar esta primeira mão a Fátima por causa da viagem a Roma.

Por causa da viagem a Roma, veio a rotatividade. A tão falada rotatividade que só é feita assim desta forma nas equipas cá do burgo que, coitadas, não podem jogar 2 vezes na semana porque os jogadores ficam cansaditos. Então toca a tirar 7 titulares de uma vez e a colocar outros jogadores menos rodados.

E chegamos a outro ponto. A rodagem. Os jogadores só têm rodagem se forem integrados aos poucos com outros que constituem o “onze” habitual da equipa para que ganhem entrosamento e minutos nas pernas. Todos nós exasperamos com o iceberg Farnerud e o homem-estátua Paredes. Porém, temos de ver que eles passaram de vinte e muitos jogos dos ex-clubes deles há duas épocas, para meia-dúzia a época passada no nosso clube.

Há jogadores mais cansados (Moutinho, Polga, Veloso, Liedson…)? Parte deles descansa ao princípio; a outra parte descansa quando o resultado estiver assegurado. Caso contrário, terão de entrar de emergência e efectuar o dobro do esforço que teriam de fazer.

Até porque terça-feira há o jogo com a Roma. Sem Stojkovic e com Adrien em vez de Farnerud.

Estou para ver que frutos iremos colher da “rotatividade”…

Tenham Vergonha!

Pelo que se passou hoje em Belém, tenham vergonha!

Por terem menosprezado uma equipa, que vos foi superior em todos os aspectos, tenham vergonha!

Por não terem dignificado as nossas cores, tenham vergonha!

Por terem jogado sem raça, sem brio, sem querer, sem humildade, tenham vergonha!

Por terem pensado que bastava as camisolas para ganharem o jogo, tenham vergonha!

Por haver no plantel, quem não mereça envergar a camisola leonina, tenham vergonha!

Por terem desiludido, desapontado, defraudado, quem está sempre convosco, tenham vergonha!

Por terem desrespeitados, todos os sportinguistas, tenham vergonha!

Por ganharem mais num mês, do que os jogadores do Fátima em dez anos, tenham vergonha!

Por serem uns mercenários, tenham vergonha!

Por não terem aprendido com o que aconteceu anteriormente ao F.C.Porto, tenham vergonha!

Não tenho a pretensão que ganhem todos os jogos. Só peço que joguem com brio, honra, dedicação, humildade, amor à camisola! Vocês hoje não foram dignos de vestir a camisola verde-e-branca com o leão ao peito, não estiveram à altura de servir com dignidade e prestígio o meu Sporting, e também por isso TENHAM VERGONHA!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Os Presidentes d’A Bola


Sob pena de pecar por tardio, não queria deixar passar em branco o almoço que, sob a égide e a jactância do jornal «A Bola», reuniu Filipe Soares Franco e Luís Filipe Vieira.

No sábado do derby Benfica-Sporting, sob o pretexto da comemoração do suposto (pelas razões já aqui afloradas pelo jcfrancisco) centésimo confronto, teve lugar a “primeira parte” do almoço. Na segunda-feira seguinte, dia 1 de Outubro, o “brinde final” sob o lema «É preciso mudar pessoas».

Nada mais indicado, diria eu. No que me respeita, mudaria já uma dessas pessoas. O presidente do Sporting, mais uma vez, não esteve à altura do cargo que tem.

Comemora 100 anos de um derby que envolve um clube que nasceu por fusão em 1908 e que, apesar de poder querer que a sua data de fundação tenha efeitos retroactivos, por altura da fundação de um dos clubes que esteve na sua origem, nunca poderá querer uma impossibilidade – ter jogado um jogo em 1907 quando só passou a existir em 1908.

Depois aparece numa foto de 1.ª página a brindar com o presidente do Benfica, sob o lema já falado, com citações de ambos sobre as arbitragens e em outras fotos com apertos de mão ao seu confrade (e legendas a condizer) e ainda com frases de elogio a este em que elogia o seu mérito na conquista de novos associados. Algo para que, diga-se, o presidente do Sporting nunca se deu ao trabalho de gastar 1 dos seus 60 minutos diários que dedica ao clube.

O resultado deste encontro foi, como se esperaria, a piadinha do costume vinda do Norte, sobre brindes e alianças, à qual o presidente do Sporting fez questão de reagir publicamente “clarificando” a sua posição e fazendo fraca figura por motivos que só não são óbvios a ele.

Uma palavra ainda para o jornal «A Bola». Em editoriais que motivaram trocas antigas de galhardetes devido a “outras guerras”, o director do jornal compara o “almoço dos presidentes” no mundo do jornalismo desportivo com o que seria um almoço entre primeiro-ministro e líder da oposição no campo do jornalismo generalista. Fraca comparação, pois, nesse caso, os comensais teriam de ser outros…ou pelo menos um deles! Faria melhor o director d’A Bola se estivesse mais preocupado com que não sabe conjugar o verbo “estar” e o verbo “ter” e que permite que uma frase dita por Luís Filipe Vieira saia transcrita assim «Dias da Cunha sabe o que eu colaborei com ele naquilo que levantou, sem dizer nada a ninguém. É verdade que se nós tivéssemos de braço dado nesta mesma luta, em conjunto tínhamos dado a volta a esta brincadeira».

O que é um facto é que ele não andou de “braço dado” e, pelo meio, ainda conseguiu um campeonato, talvez aquele que mais me custou a perder desde que me lembro de ver o Sporting jogar.

Vamos ver o que nos irá custar este almoço do actual presidente agora que se irá iniciar um novo ciclo competitivo...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Arranjem outro igual a este!

Já lhe arranjaram como parceiros na frente de ataque do Sporting, jogadores portugueses, espanhóis, uruguaios, brasileiros e montenegrinos. Jogadores mais altos, mais possantes, mais tecnicistas, todos goleadores eméritos, afirmavam. Os jornais já lhe arranjaram muitos mais, de todas as formas e feitios, de todas as raças e credos. Iriam fazer com ele uma dupla de ataque infernal, diziam. Todos se enganaram, porque se esqueceram de uma coisa. Ele sozinho é o ataque do Sporting! E todos os sportinguistas rezam para que ele nunca se lesione. Porque ele resolve!

Liedson da Silva Muniz, 29 anos, artilheiro, dono de uma capacidade inata para marcar golos. Um predestinado, que seca tudo à sua volta e que não deixa ninguém brilhar ao lado dele. Porque quando falamos de golos, falamos de Liedson.

De compleição física fraca (1,73m.-63kgs.) mas de elevada craveira técnica, com uma grande mobilidade dentro do campo, que vai atrás buscar jogo, que joga e faz jogar, que ajuda a defesa. Que cansa só de ver jogar! Um dos melhores avançados leoninos dos últimos 20 anos. Alvo de marcações cerradas, fazem sobre ele faltas em catadupa, alguns invisíveis para os árbitros.

Podem arranjar-lhe ainda muitos mais parceiros de ataque (até australianos, se quiserem), Liedson aguarda pacientemente, com calma. Porque quando o jogo começa em Alvalade ou noutro campo qualquer, ele sabe que vai fazer a diferença! Isto é, GOLOS!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Diz que é este que vem...

Como é sabido a lesão de Derlei enfraqueceu o nosso ataque. Esta noticia surgiu tipo rumor, há umas semanas, mas agora parece que ganhou força. Pensa-se que o Sporting irá fazer regressar Saleiro em Janeiro...mas em principio só acontecerá se Yannick Djaló acabar por sair (rumo ao Villareal de onde se fala já ter havido uma proposta de 15 milhões de €). O alvo do Sporting é um jogador forte, experiente com bom jogo de cabeça, para formar uma boa parelha com Liedson. E pelo que parece...o nosso alvo é este:

John Aloisi

O Australiano está sem clube desde que acabou a pretérita temporada e resolveu esperar até Janeiro para decidir a sua vida. Para já recusou diversas abordagens. Existe ainda o rumor de que já terá assumido um compromisso com um clube europeu (pode ser o Sporting), razão pela qual recusou propostas da Australia (da emergente A-League), dos EUA e do Japão.

John Aloisi nasceu a 5 de Fevereiro de 1976 em Adelaide (Austrália), mede 1,84m e pesa 82 kg. Fez a sua formação na Academia do Adelaide City. Com 17 anos mudou-se para a Bélgica e para o Standard Liége, onde não chegou a actuar na primeira equipa. Em seguida mudou-se para o Royal Antwerp onde apontou 7 golos em 2 anos. Os 2 anos seguintes passou-os em Itália, mais concretamente na Cremonese, mas também não foi feliz, dado que só apontou 4 golos. O "Boom" surgiu na época seguinte, quando marcou 29 golos pelo Portsmouth. Em Dezembro de 1998 assinou pelo Coventry onde actuou até 2001, apontando apenas 13 golos. Neste período foi vítima de diversas lesões. Em 2001 assinou pelo Osasuna e em 4 anos em Pamplona relançou a carreira, apontando 28 golos (a grande maioria decisivos). em 2005 foi noticiado pela primeira vez o interesse do Sporting na sua contratação, mas o dianteiro Australiano assinou pelo Alavés. No emblema basco apontou 16 golos em 55 golos.

Os "Socceroos"



Ao serviço da Selecção dos Antípodas, John assumiu-se como uma das figuras principais, ao lado de Viduka, Kewell, Cahill, Bresciano ou Schwarzer. Na liguilha final para o apuramento contra o Uruguai, foi Aloisi que marcou o ultimo penalty decisivo.



Ao serviço dos "Aussie´s", John apontou 27 golos em 48 partidas. Em 2004 participou nos Jogos Olimpicos, sendo um dos 3 jogadores com mais de 23 anos. Nesse certame apontou 3 golos. Em 2005 participou na Confederations Cup, na Alemanha, apontando 4 golos (2 à Alemanha e 2 à Argentina), o que lhe valeu a bota de bronze do torneio. No Mundial de 2006 apontou o terceiro golo da vitória contra o Japão. Mais recentemente defendeu as cores do clube na primeira participação da Australia na Asian Cup, onde voltou a marcar aos Japoneses.


Aloisi é um matador e está a apenas 2 golos do recorde de melhor marcador de sempre na história da selecção Australiana (na posse de Damian Mori).


Será que é a solução que tanto necessitamos?

sábado, 13 de outubro de 2007

Yannick Estou Contigo!


Porque somos humanos, já todos cometemos erros na nossa vida. Há dias então que parece que tudo sai mal e quando mais nos esforçamos para que tudo saia perfeito, tudo dá errado. Quem é que já não teve um dia negro?

Vêm estas palavras a propósito dos recentes assobios que alguns sportinguistas têm dirigido ao nosso jogador Yannick Djaló e que me parecem totalmente despropositados.

Yannick Djaló é um jogador jovem que está ainda a crescer como jogador, por isso temos que lhe dar tempo para que esse crescimento se faça. E os assobios a um jogador assim tão jovem e além do mais em Alvalade, levam-no a enervar-se ainda mais, a descrer das suas possibilidades, a perder a motivação e claro, a errar mais.

Quando erramos involuntariamente, gostamos de ouvir palavras de incentivo e de motivação, e não que nos façam sentir mais culpados ainda. Faço um apelo aos sportinguistas que o assobiam, para que deixem de o fazer e que passem a incentivá-lo. Aqueles que não o vaiam quando ouvirem alguém fazê-lo, batam palmas ao nosso jogador, gritem o nome dele, de modo a calar os assobios dos pseudos sportinguistas que vão ao campo descarregar as frustrações da vida.

Tenho a certeza que ele ainda nos vai dar muitas alegrias. Força Yannick!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Júlio Cernadas Pereira "Juca" 1929-2007



Faleceu ontem Júlio Cernadas Pereira "Juca", antigo jogador e treinador do Sporting e também ex-seleccionador nacional de futebol. O «cabecinha de ouro» contava 78 anos de idade.
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Júlio Cernadas Pereira "Juca" nasceu a 13 de Janeiro de 1929, em Lourenço Marques, Moçambique. Começou a jogar no Sporting de Lourenço Marques, curiosamente na posição de guarda-redes: "parecia ter encontrado o meu lugar mas o treinador, vendo que não tinha defesa central e dispunha de mais guardiões, um deles o Costa Pereira, atirou-me para aquele lugar e o caso é que nunca mais saí da linha média".
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Aos 13 anos surgiu outra paixão na área do desporto, o Basquetebol, um amor que só durou três anos, pois acabou por voltar ao futebol. Entrou para o Sporting em 1950, como médio, e quando assinou contrato com os «leões» comentou-se em Lisboa que o Sporting tinha descoberto uma cabeça de ouro, tal era a sua eficácia a jogar de cabeça.
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O primeiro jogo de Juca ao serviço do Sporting aconteceu frente ao Lusitano de Vila Real de St. António, com vitória por 3-1. Foi o primeiro jogador a marcar um golo Estádio José Alvalade, a 10 de Junho de 1956, no jogo de inauguração contra o Vasco da Gama, que o Sporting perdeu por 3-2. Acabou a carreira de futebolista em 1958, devido a uma lesão que o afastou prematuramente dos relvados, aos 33 anos de idade. Jogou 300 partidas e marcou 24 golos. Como jogador ganhou os Campeonatos de 50/51, 51/52, 52/53, 53/54 e 57/58 e a Taça de Portugal de 53/54. Foi internacional "A" por seis vezes.
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Como treinador, Juca ganhou o Campeonato Nacional de 1961/62, tornando-se o mais jovem treinador a ser campeão nacional, com 33 anos de idade, recorde que ainda se mantém. Em 1962/63 ganhou a Taça de Portugal, que permitiu ao Sporting no ano a seguir participar na Taça das Taças, que venceu.
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Juca foi seleccionador nacional entre 1977 e 1978 e entre 1980 e 1982, falhando o apuramento para o Campeonato da Europa porque a equipa portuguesa não conseguiu converter um penalty no último jogo. Em 1989 voltou a assumir o cargo de seleccionador, substituindo Artur Jorge. Comandou a Selecção nacional em 40 jogos, só sendo suplantado por Luís Felipe Scolari e António Oliveira.
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O ex-presidente do Sporting, Sousa Cintra, lembrar-se-ia de Juca para director técnico do Clube, no início dos anos 90. Quando Carlos Queirós rendeu Robson, em 1994/95, Mário Lino rendeu Juca, que passou então a coordenar o departamento de futebol juvenil do Sporting até 2004.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Sonhos Czarianos 1

Saudações a todos que perderam 3 minutos para ler este artigo...ehehehe. Começo hoje uma panóplia de artigos (semanais com préquelas e sequelas...), sobre grandes jogadores que eu admiro e que gostava de ter visto um dia de Leão ao Peito! Uns mais impossíveis do que outros...mas todos eles grandes craques!

Fernando Carlos Redondo Neri

Era um grande trinco (talvez o melhor de sempre!). Carismático, técnicamente evoluído, raçudo e líder. Eis Fernando Redondo!

Ficha

Nome: Fernando Carlos Redondo Neri
Data Nascimento: 6 de Julho de 1969
Altura: 1,85cm.

Palmarés
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- Campeonato sul-americano sub-17 em 1985

- Confederations Cup 1992

- Copa América 1993
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- 2 Ligas Espanholas (1995 e 1997)
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- Taça Intercontinental 1998
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- 3 Champions League 1998, 2000 e 2003
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- Taça de Itália 2003
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- Jogador Mais Valioso da Champions League em 2000
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No início...
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Nascido no bairro de Androgué, em Buenos Aires, Fernando Redondo começou a sua carreira na cantera dos Argentinos Juniors (mesmo clube onde foi formado Diego Maradona), onde apontou apenas um golo em 75 jogos como profissional.
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Destacou-se e a Europa chamou por ele. Entre 1990 e 1994 defedeu (acérrimamente!) a camisola do CD Tenerife. O seu primeiro treinador no clube ilhéu foi Jorge Valdano, outro monstro do Futebol Argentino. Durante estes 4 anos, o CD Tenerife (e a dupla Redondo/Valdano subsequentemente) conseguiu "roubar" por 2 vezes o título ao Real Madrid na última jornada de La Liga, sendo beneficiado o Barcelona, na contenda. Quando Valdano foi contratado pelo Real... o primeiro jogador que pediu a Lorenzo Sanz foi Redondo.
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O Real - o estrelato
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Depois duma acérrima disputa com o Barcelona e com o Milan, Redondo chegou finalmente a Madrid. Impôs-se rapidamente e fez parte de algumas das melhores equipas da história do Real, coleccionando titulos a nível nacional e internacional. Redondo jogou 6 anos em Madrid, e foi lá que atingiu o apogeu como futebolista. Era um jogador fino (apesar de algum mau feitio!) e explanou todas as suas capacidades em pleno Barnabéu! Lá, ganhou o cognome de o "Principe de Madrid" .

Na época de 99-00 foi o autor de um dos melhores lances de sempre, que prevalece no imaginário de todos os amantes de futebol... em pleno Old Trafford, Fernando Redondo teve uma sensacional jogada individual, fintando H.Berg e oferecendo de bandeja o golo a Raúl...a vêr e revêr...as vezes necessárias!


AC Milan - o final

A sua transferência para Milan em 2000, foi envolta em polémica, sendo que surgiram inclusive desacatos nas ruas de Madrid pela sua partida. Mas em Milão, o Príncipe não foi o mesmo. Arreliadoras lesões nos joelhos nas duas primeiras épocas, retiraram-lhe a possibiliadade de brilhar ao mais alto nivel. Mesmo assim ainda fez parte da equipa que venceu uma Taça de Itália e uma Champions League (companheiro de Rui Costa em 2003). Nesta altura e enquanto esteve lesionado, Redondo teve uma das mais fantásticas atitudes de humildade e profissionalismo. Durante os 18 meses de ausência, recusou-se a receber um cêntimo do Milan. Redondo achava que se não podia jogar não merecia receber, dado que sabia do investimento que o clube havia feito nele! Na época de 2003, Fernando Redondo resolve pendurar as botas depois duma terceira lesao grave no joelho.


Alvi-Celeste

Surpreendentemente, Fernando Redondo não é nem por sombras um dos mais internacionais jogadores argentinos. Na selecção principal actuou apenas 29 vezes, tendo apontado apenas um golo! Em 1990 Redondo não foi ao Mundial. A versão oficial aponta para o facto de se estar a concentrar nos estudos académicos...mas na realidade, Redondo não gostava da formula ultra-defensiva do treinador da altura, Carlos Billardo, e por isso auto-excluiu-se da selecção. O grosso das suas internacionalizações ocorreu durante a era Alfio Basile(1992-1994). Nestas épocas venceu a Copa América e participou no Mundial de 94 (EUA). O treinador seguinte foi o sempre problemático Daniel Passarella. Passarella impôs um rígido regulamento interno que tinha medidas tão absurdas como o facto de jogadores com brincos ou com cabelo grande não puderem ser chamados! Redondo achava Passarella ridiculo e os seus métodos patéticos. Por esse motivo comentou numa entrevista, meio a brincar, meio a sério, que só jogaria na selecção se todo o seu cabelo caísse! Passarella disse que não convocava Redondo porque ele não cumpria funções tácticas à sua maneira! Pois...pois..

Redondo só regressou à Argentina em 1999 já sob o comando de Marcelo Bielsa. Jogou 2 particulares contra o Brasil, tendo posto o craque Rivaldo no bolso, na vitória por 2-0! Depois disso, Redondo disse que não pretendia jogar novamente pela sua selecção, pretendendo apenas concentrar-se no Real Madrid!

Ai como eu queria que tivesses jogado no Sporting...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Da Rússia com amor



Título do post irónico, não para o Vitória, mas para o seu treinador, que a seguir ao melhor treinador português, com cara de leão marinho é sem dúvida, o treinador que menos gosto em Portugal. Depois e antes que comecem para aí a dizer, que quando o Sporting é beneficiado já não sei dizer nada, desde já digo que a jogada que acaba por dar origem ao primeiro golo, tem origem numa falta de Vukcevic, mas que não me venham os "espertos do costume", começar já a dizer que o Jorge Sousa é do Sporting desde pequenino ou que é agora um mau árbitro (por acaso até é péssimo), porque há uns meses largos atrás, gostaram bastante da sua performance, quando o asno que vestia a camisola 20, ali da equipa do Colombo, rasteirou o Miguel Garcia e o Sr. Jorge Sousa, não soube marcar, uma clara grande penalidade.
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Agora quanto ao jogo. Já se sabia que não ia ser um jogo fácil. O Vitória tem uma boa equipa, está com a moral em cima, tem jogadores experientes e com bom toque de bola. O Sporting na primeira parte, esteve uma vez mais aquém das suas possibilidades, mas o Vitória, ao contrário do que dizem, também não esteve assim tão em grande. Trocou bem a bola, teve uma ou outra jogada, mas criar realmente perigo, pouco criou. Mesmo assim, ao intervalo estava um pouco apreensivo. Não me pude deslocar a Alvalade como habitual, porque fiquei com um abcesso que quase me tapa a vista e não sei porquê, em casa parece que sofro sempre mais.
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Na 2º parte gostei mais do Sporting, Paulo Bento na minha opinião fez bem em arriscar e trocar Djaló (que nulidade) por Purovic e claro a entrada de Izmailov correu bem. O russo entrou bem no jogo e foi o grande desiquilibrador da partida. Sinceramente e apesar de achar esta uma vitória justa, acho que o resultado terá sido exagerado, de qualquer forma, por vezes o Sporting joga muito e não marca e nesta partida, não jogou assim tanto mas foi eficaz. Tive mais receio que o Sporting depois do jogo de Kiev, se fosse mais abaixo fisícamente.
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O campeonato entra agora num novo interregno e apesar da distância para o líder, vamos com o moral em cima. Esperemos que nesse tempo, possam finalmente trocar aquela vergonha de relva, desta vez, por uma relva decente e que a lesão de Anderson Polga, não seja grave.

domingo, 7 de outubro de 2007

Mais tadinho que Tadeia

Na edição do passado sábado (6-10-2007) do Diário de Notícias António Tadeia assinou um texto intitulado «Preparar o futuro a olhar o passado» no qual se refere ao tal almoço do derby de 1907 dos presidentes do Sporting Clube de Portugal e do Sport Lisboa e Benfica. Sem lhe caírem os dentes e sem partir o teclado do computador lá escreveu que em Carcavelos se jogou há cem anos o primeiro derby em 1907. Pois. Lá se perdeu uma excelente oportunidade para desmascarar a fabulosa mistificação do Jornal A BOLA com a sua direcção e uma vasta equipa de reportagem. Sic. (Mas não é a televisão, isso é outra história…)
Pois o Tadeia poderia, se não fosse tadinho, brilhar um bocado chamando por exemplo a atenção para uma monstruosa mistificação cometida (sem querer) por dois grandes jornalistas portugueses: António Valdemar e Jacinto Baptista. Num livro sobre repórteres e reportagens da I República, lá aparece o primeiro derby como tendo sido em 1907. Mas como não podiam alterar o jornal lembraram-se de acrescentar um parêntesis recto e escrever a palavra «Benfica» a seguir a «Sport Lisboa». Está lá no livro que foi publicado pelo Conselho de Imprensa e pago pelo Governo de então. Tanto A. Valdemar como J. Baptista são magníficos historiadores de arte (o primeiro) e de história das ideias (o segundo). Podia Tadeia ter feito um brilharete mas não. Ficou tadinho a repetir as bacoradas dos outros. Lá se perdeu uma boa oportunidade para lhe revelar os golpes. Assim eles continuam a escrever a história deles porque são sempre os vencedores que escrevem a história.

José do Carmo Francisco

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Os 1782 dias de Polga...



14 de Novembro de 2003, frente ao Paraná, tinha sido a útima vez, que Anderson Polga tinha festejado um golo de sua autoria, ainda com a camisola do Grêmio. A principal missão de um defesa, não é obviamente marcar golos, contudo, no futebol de hoje e onde as bolas paradas têm determinante importância, estes homens que passam a vida a evitar os golos do adversário, acabam por também apontar golos decisivos. Não precisamos recuar muito, para no Sporting nos lembrarmos dos golos de André Cruz, de Beto ou até mesmo de Tonel, que chegou a Alvalade já depois de Polga.
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Anderson Polga chegou a Alvalade em 2003, com o estatuto de campeão do mundo, conquistado no ano antes no Mundial Coreia/Japão e na sua primeira época com Fernando Santos, chegou a deixar algumas dúvidas no ar, relativamente à sua adaptação à realidade europeia. Passou por momentos menos bons, por algumas falhas, chegou a passar pelo banco dos suplentes, já na era Peseiro, mas desde há duas épocas para cá, principalmente desde a época passada e até ao jogo de ontem, Polga tem sido uma referência, o esteio, o comandante da defesa do Sporting.
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Não digo agora isto, por ontem ter marcado o seu primeiro golo, em jogos oficiais depois de tanto tempo, nem sequer por ter sido, o golo que nos deu a vitória em Kiev, mas sim, porque Polga já há muito tempo merecia uma referência, pelo seu profissionalismo, pela sua entrega e pela qualidade apresentada em campo, principalmente no último ano e meio.
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Continuo a perguntar... como pode este homem ficar fora dos seleccionados de Dunga?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Na defesa esteve a solução...



Primeira vitória fora na Liga dos Campeões, primeiro golo oficial de Polga (que já bem o merecia), importante vitória para as nossas aspirações na Europa, mas curiosamente, um dos jogos mais estranhos do Sporting, nesta competição, pelo menos, na era Paulo Bento.
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O Sporting até começou bem o jogo, e aos 13 minutos por Tonel (com alguma sorte) já colocava o Sporting em vantagem. Contudo o golo, ao invés de trazer acalmia à nossa equipa, parece que ainda a desconcentrou mais. Estas equipas de leste, por vezes nem jogam muito, por vezes nem têm grandes executantes, mas em casa, com o seu público, a temperatura, a qualidade dos campos, são difíceis, são chatas. O Dínamo reagiu e chegou ao empate, menos de um quarto de hora depois, num golo, muito, mas muito facilitado pela nossa defesa.
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Felizmente, ainda na primeira metade do jogo e após um cruzamento tenso de Ronny, Shovkvskyi não segura a bola, defende para a frente e muito oportunamente, quem diria! Anderson Polga, aproveita para fazer o 2-1 e logo de pé esquerdo.
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Sinceramente, acho que nesta partida, o que mais gostei, foi da atitude de saber sofrer da nossa equipa, entenderem que nem sempre se pode jogar bem e que por vezes, o que interessa é realmente o resultado. Yannick Djaló, continua a deixar-me "com um pé atrás", se por vezes me parece um bom driblador e muito rápido, outras vezes, falha golos imperdoáveis e não domina uma bola. Miguel Veloso, não sei... não sei se por indicação de Paulo Bento ou se por estar em dia não, caíu constantemente no erro, de defender muito em cima dos centrais, fez para mim um dos seus piores jogos pelo Sporting, mas enfim, para um miúdo que em 100 jogos, joga 99 bem, não há que reprovar.
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A figura do jogo e por várias razões, pelo menos para mim, foi Polga. Que grande central, está este brasileiro, seguro a defender, cada vez mais certeiro no passe, dá-nos segurança a comandar a defesa e hoje até marcou um golo! Outra importante peça foi Stojkovic, se bem que por vezes ainda nos dá alguns calafrios, este jovem guarda-redes esteve impecável, aquela defesa a remate de Kleber (após mau atraso de Miguel Veloso) foi simplesmente espectacular. Para finalizar, não podia deixar de referir Ronny, que mais uma vez este muito bem e Liedson, que apesar de ainda não ter marcado na Liga dos Campeões, foi como sempre, incansável.
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No outro jogo do grupo, o Manchester United bateu a AS Roma, o que nos deixa em igualdade pontual com os italianos. Na próxima jornada (23 OUT), iremos à capital italiana e um bom resultado no Olímpico, pode-nos dar esperanças de qualificação.

Força Sporting, sábado lá estarei, para mais uma "batalha" com o Vitória!

Um pouco de cultura...



Pois é, desde já peço as minhas desculpas, pois este post nada tem a haver com desporto, muito menos com o Sporting, mas faço-o aqui, no sentido de um convite, a todos aqueles que comigo partilham a gerência deste blogue, assim como àqueles que o visitam.
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Quem me conhece, sabe a minha envolvência com o Teatro Amador, com o Teatro de Revista, nomeadamente na colectividade onde sou director, a Academia de Santo Amaro (habitualmente apelidada de ASA). Depois de ter estado em cena cerca de 2 meses e meio, e após a paragem das férias do Verão, voltámos. Estaremos em cena, até ao princípio do mês de Dezembro, com a mesma Revista, mas desta vez remodelada. As novas rábulas são de "partir a rir" e aconselho que não percam, o "Fado e o Flamenco" (à direita na imagem)... simplesmente brilhante. Desta vez, para além do site, da multimédia do espectáculo e os programas (Booklet A4), fiz também o novo cartaz, que em cima apresento (à esquerda na imagem).
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Já sabem, se querem passar uma noite bem passada, agora que até se aproximam essas noites frias, em que não nos apetece andar na rua, "percam" um tempinho e venham até à ASA, garanto-vos que irão passar, um belo serão. O convite está feito.
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Para mais informações, consultem o Site Oficial da Revista.
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[ Após esta interrupção, voltamos já a seguir com o SuperSporting ;) ]

Basta!



Já chega! Estou farto! Chegámos à sexta jornada ainda a falar do "caso" da segunda jornada contra o Porto (com divulgação da carta da Liga) e agora a tendência é arrastar os "casos" desta sexta jornada até sei lá quando...

Que mania parva temos em Portugal de andarmos a discutir estas futilidades. Os clubes não se podem queixar da falta de público quando são eles que "intoxicam" a opinião pública com tanta suspeição e inundam os "media" com este tipo de situações e apitos para esquerda ou para a direita.

Uma coisa é o direito à indignação. Outra é exaurir esse direito. E é nesta fase em que estamos. Em especial no Sporting.

A minha mãe, na minha adolescência, disse-me que eu pensava que podia mudar o mundo. Hoje, passados que estão praticamente o dobro dos anos desde que ouvi isso, sei que não posso mudar o mundo, descobri (até da pior forma) que o mundo é que nos muda a nós, mas tenho a ideia parva de ainda conseguir mudar algumas coisas. Chamem-me ingénuo.

Gostaria, por exemplo, que em todos os jogos que o Sporting fosse prejudicado pela arbitragem, acontecesse como aconteceu na Reboleira. Ai roubaram-nos 2 penalties? Não precisamos! Ganhamos 2-0. O adversário marcou um golo com a mão? Nós marcamos 2 com o pé! Não era penalty e o árbitro marcou? O guarda-redes defende (como o ano passado contra o Marítimo)!
E por aí adiante. E, se pelo contrário, o árbitro nos beneficiasse com um penalty escandoloso que não era, devíamos atirar a bola para fora porque éramos tão superiores que não necessitávamos disso!

Nós que durante anos (uma década?) temos um historial de roubos de igreja que os árbitros nos fizeram, para que a luta pelo campeonato fosse Porto/Benfica, nunca deixámos de ter esta propensão para dar tiros nos pés e contribuir para que essa luta fosse só a dois. Convenhamos uma coisa: quando há um Acosta a marcar golos decisivos ou um Jardel a facturar 42 golos não há árbitro que resista! Já devíamos, há muito, de estar mentalizados que entramos em campo para jogar contra 14 e fazer disso um factor extra de motivação em cada jogo. Se tudo correr bem, melhor. Se não correr, estamos prontos para o que der e vier.

E mesmo se lutámos até à última gota de suor contra o adversário (e outros factores para além deste) e, no final, não conseguimos ganhar, ainda assim daremos uma imagem positiva, transmitiremos uma mensagem para os nossos adversários de resistência às dificuldades e ganharemos um maior espírito de grupo, pois é nas adversidades que ele se constrói melhor.

Depois, quando chegamos aos jogos "a doer", como hoje, na Liga dos Campeões, em que interessa ser prático, rápido, objectivo e eficaz, ficamos à espera que o árbitro marque aquelas faltinhas da treta (como fazem no nosso campeonato) e acaba um jogador nosso por ver amarelo por simulação a meio-campo quando sofreu mesmo falta (como aconteceu contra o Manchester com o Romagnoli).

Segundo reza um provérbio oriental «Com as pedras que me atiram construo o meu castelo»

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Só faltou a pontaria...



Ultimamente tenho andado mais ocupado a nível de trabalho, dessa forma, tenho deixado o blogue, um pouco de parte, de toda a maneira, mais vale tarde do que nunca.
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Um derby é sempre um derby e em nada me choca quando o Sporting não consegue vencer, mas isso não quer dizer, que eu tenha achado o empate de sábado, um bom resultado. Um bom resultado para um clube como o Sporting, é sempre vencer, para mais quando se pode perder pontos para o líder, como acabou por acontecer.
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Não me quero estar a alargar na apreciação à arbitragem, pois então, teria que escrever um post de mil linhas. Digo apenas, que se houve um prejudicado foi o Sporting. Na minha opinião, ficaram por assinalar duas grandes penalidades cometidas pelo Sr. Katsouranis e uma a favor do Benfica, sobre Adu, perto do final da partida. Ainda não percebi, a decisão de Pedro Henriques, quando o seu auxiliar diz e se ouve perfeitamente: "É penalty, foi mão". Se uma vezes os auxiliares servem, outras já não. Fora isso, ainda ficaram umas quantas cartolinas amarelas no bolso de Pedro Henriques, todavia vou-me focar mais no jogo.
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Acho que basicamente ao Sporting, faltou eficácia. Há quem diga que o Benfica entrou mais forte (como até lhe competia) mas não concordo. Acho que o Sporting, entrou em jogo personalizado, consistente e aos 3 minutos já Miguel Veloso proporcionava, a primeira grande oportunidade do início de jogo. O Benfica fora uma jogada meio confusa, que culminou com o "atirar para a piscina" de C. Rodriguez, em nada apoquentou a nossa defesa. A grande oportunidade do primeiro tempo, viria a ser inclusivamente do Sporting, numa jogada de contra-ataque, em que Yannick Djaló serve Vuckevic e o montenegrino provoca o pânico na área encarnada.
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Na 2ª parte, voltou o Sporting a entrar mais forte e Liedson e Tonel podiam ter aberto o marcador. O Benfica só reagiu, naquela que foi a sua maior oportunidade, com um remate forte de Rui Costa (totalmente abafado durante todo o jogo por Miguel Veloso) e em que Stojkovic, com uma defesa de recurso, deixa a bola à mercê de Nuno Gomes, que atirou ao lado. Até final e fora os lances polémicos, apenas o Sporting voltou a estar perto do golo, através de uma jogada de Romangnoli, culminada com uma defesa de Quim. Num global, acho que o Sporting teve uma prestação positiva, personalizado, forte a defender, rápido a atacar (porque não jogaram assim os 90m frente ao V. Setúbal?) e onde apenas falhou a finalização.
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Há que relembrar que já fomos ao Dragão e à Luz, e apenas perdemos um deles graças à arbitragem e estes dois ainda se encontrarão, no início de Dezembro. Enfim, diria ter sido um bom resultado, se estivessemos em primeiro lugar na Liga e não (agora) a 7 pontos do líder, assim foi um resultado, menos mau.