sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Carlos Queiroz versus Soares Franco

Uma entrevista dada por Carlos Queiroz ao jornal a Bola, do dia 26 de Novembro, pôs em polvorosa as relações entre Sporting e o treinador adjunto do Manchester United.

O ponto da discórdia e da polémica da entrevista dada pelo ex-treinador sportinguista centrou-se na possível ida de Miguel Veloso para o Manchester United.

Filipe Soares Franco reagiu nervosamente, afirmando que o futebolista era um activo do Sporting e não iria sair em Janeiro. O que digo eu, se tornará impossível se houver um clube que pague a respectiva cláusula de rescisão.

Carlos Queiroz por sua vez, e de uma maneira deselegante, disse que o presidente do Sporting, não sabia ler, ou não sabia o que dizia, a partir de certas horas.

Isto é uma situação que não dignifica nem Queiroz, nem Soares, Franco. Carlos Queiroz devia ter reflectido primeiro naquilo que disse, não em relação a Miguel Veloso, mas em relação ao Presidente de um clube que já foi o seu e que tem um protocolo de cooperação com o Manchester. Parece que e apesar de estar em Inglaterra, conhece bem Soares Franco para fazer tais afirmações.

Por sua vez, Soares Franco está a ser ingénuo ou lírico, como é que pode garantir que Miguel Veloso, ou qualquer outro jogador, não saem em Janeiro, quando basta aos clubes interessados pagarem a respectiva cláusula de rescisão? E claro que a vontade do(s) jogador(es) seja essa. Para quê aquela reacção disparatada, quando na entrevista não foi dito nada que os jornais não tenham já afirmado? A quem interessa tudo isto?

A concluir, deixo mais três questões:

- Que raio de protocolo de cooperação é este em que só o Manchester United parece sair beneficiado?

- Será que Soares Franco, vê os mesmos jogos que nós, pois diz repetidas vezes que não é preciso ir ao mercado em Janeiro, quando todos sabemos que este plantel é dos mais fracos que temos tido?

- Será que com notícias todos os dias nos jornais desportivos, de clubes interessados em adquiri-lo, Miguel Veloso estará concentrado no Sporting, para os jogos que se aproximam, ou já se vê a pisar os grandes palcos europeus?

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é...Sporting



É o nosso fado. Ontem foi mais um capítulo. Há quem lhe chame "azar" ou "morrer na praia". Eu acho que "masoquismo" é mais apropriado.

Isto de andar a formar jogadores para depois perdermos jogos com as equipas que os levam, tem a triste tendência para se tornar num hábito. Acho até que descobri os termos do protocolo firmado com o Manchester. Nós mandamos para lá os nossos jogadores para terem qualidade de "nível mundial" e o Manchester assegura-se que eles nos marcam golos e o Queiróz nunca voltará ao Sporting ou, se, em última instância, voltar, nunca substituirá um defesa esquerdo de forma suicida.

Os dirigentes (e técnicos?) do Sporting conformam-se com o nosso clube ser de "terceira linha" europeia. Eu não.

De facto, quando uma equipa ao intervalo se encontra a perder, mercê de um jogo relaxado, mas tem no banco soluções como Giggs e Tévez, em detrimento de, p.ex., Nani, e na segunda parte aperta e acelera o jogo um pouco, nós trememos, olhamos para o banco e vemos...Adrien, Farnerud, Gladstone, Pereirinha, Paez ou até uma sombra de Vukcevic (acho mesmo que até o Braga tinha melhor banco que nós no último jogo). Face a isto, podemos até encarar a realidade e perceber que somos de "filmes diferentes". Mas não nos devemos conformar.

A nossa política de prospecção de sucesso deve ser alargada ao futebol sénior, para o qual não temos, infelizmente, um "Aurélio Pereira". Se o Sporting tem pouco dinheiro não deve, por isso, ir ao "refugo", mas sim saber aplicá-lo bem. Veja-se a política de contratações do Sevilha (mas não de agora, de há alguns anos atrás) que apostou em desconhecidos mas de valor (p.ex. Daniel Alves) e em jogadores de outros escalões inferiores com qualidade e que colhe agora alguns desses frutos em consequência da competência, labor e paciência de todos, mas em especial de Monchi, ex-guarda-redes do clube e actual director desportivo.

Nós, pelo nosso país (e em especial no Sporting), achamos que é melhor ficar debaixo da árvore à espera que a maçã caia, do que trepá-la para a ir colher. A cultura é a da pouca exigência e a da "vitimização", seja pelo facto de sermos "pobrezinhos" (mas podermos pagar remunerações e prémios principescos aos ditos "gestores profissionais"), seja porque os árbitros nos prejudicam, seja porque foi "azar".

Já sei que os empresários são do piorio e que fulano e beltrano recebem comissões por aquele ou este jogador. Mas mesmo nesta lógica inversa e "tortuosa" andam a matar a galinha dos ovos d'ouro, porque se um jogador for bom e for vendido por mais dinheiro será bom para eles também. Ou estou enganado?

Está, pois, na hora de decidir se queremos continuar com o discurso do desgraçadinho, que não tem dinheiro...para algumas coisas e conformar-mo-nos com o nosso "fadinho", ou se está na hora de arregaçar as mangas, apostar verdadeiramente nos jovens (de cá e não de leste) e contratar jogadores feitos, alguém que colmate essa falta de experiência, e procurar captar mais gente, mais fontes de receita para o nosso clube ou, então, deixarmos quem tem unhas tocar guitarra, esquecer o desígnio do Visconde de Alvalade e deixar de querer ser "tão grande como os maiores da Europa" e limitar-mo-nos a tentar ganhar o campeonato de vez em quando ou uma "tacita" ou outra...

Não chega elogiar nas entrevistas o presidente do clube rival na angariação de sócios que faz e dizer que fulano de tal de um banco espanhol é um autêntico "caixeiro viajante", mas que queremos chegar aos 100 mil sócios, etc. e tal, mesmo dedicando apenas 1 hora ao clube (porque tem uma excelente equipa de apoio, etc. e tal).

Há que pôr pernas ao caminho, trabalhar e fazer por merecer ter mais e melhor.

Ou, então, deixar o lugar para quem o queira fazer...

+ 1 X

Factos:

- Jogámos relativamente bem uma parte do jogo (mais uma vez);

- Não fomos inteligentes, maduros e concentrados até ao apito final do árbitro (mais uma vez);

- Ronaldo mais uma vez (lembram-se daquela discussão sentimentalista que tiveram em tempos?) - Eu não acredito nessas tretas;

- Mais uma vez, vitória moral (farto!!!), ou seja, perdemos mais um jogo;

- Estamos fora da Champions League 2007 antes da 2ª fase (mais uma vez);

- Mais uma vez deixámos de ganhar mais dinheiro (que tanta falta faz);

- Nova moda: arranjam-se 2 ou 3 objectivos para se poder sempre dizer que, está cumprido o 2º objectivo. Que moda esta!!!;

- Estamos na UEFA – seja lá o que isso for (a eliminar).

Agora que venham os argumentos.

Saudações leoninas, mas acima de tudo desportivas,

Afiando Garras

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Aproveitem!



Disse Paulo Bento na conferência de imprensa de lançamento para este jogo que os jogadores do Sporting deveriam aproveitar estes jogos porque não os têm com frequência.

Não poderia concordar mais. E até acrescento o seguinte:
- Aproveitem porque se jogarem bem os jornais da próxima semana vão dizer que há 150 clubes interessados em vocês.
- Aproveitem porque assim podem fazer um contrato melhor.
- Aproveitem porque, se isso acontecer, vão ter que se esfolar para conseguirem jogar.
- Aproveitem porque, os que ficam, podem não conseguir para o ano que vem voltar a jogar outra vez nesta competição.
- Aproveitem porque esta é a vossa profissão. É uma das melhores do mundo e, por todas as razões de qualquer outro profissional e mais essa, devem dar o melhor de vocês no exercício da mesma e não andar em passagens de modelos ou concursos de karaoke nocturnos.
- Aproveitem porque sempre aprendem alguma coisa mais...

Mas, sobretudo:
- Aproveitem porque para sofrer estamos cá nós.
- Aproveitem porque a vossa carreira é curta e é feita destes momentos.
- Aproveitem porque são estes (curtos) momentos que vos servirão de recordações, mais tarde, quando os "projectores" incidirem sobre outros.
- Aproveitem porque, para além do dinheiro, as vitórias e os títulos fazem parte da "fortuna" de um praticante desportivo.
- Aproveitem porque há 43 anos houve quem tivesse concretizado um grande feito e ainda hoje seja lembrado, pois garantiu um lugar na história imortal deste Clube.
- Aproveitem porque também vocês podem conseguir um lugar nessa história...

P.S.: Força Rui Patrício! Coragem!

Relembrando Manchester...


Osvaldo Silva, foi para muitos o melhor estrangeiro que passou pelo Sporting. O seu "hat-trick", na vitória de 5-0, no jogo da 2ª mão dos Quartos-de-Final da Taça das Taças em 1963/64 , frente ao Manchester United (já na 1ª mão em Old Trafford, tinha apontado o único golo, na derrota por 1-4), entraram para a história do Sporting e do futebol português.

[vídeo]

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Cada vez mais me convenço...



Ainda há dias, falava com um amigo (que por acaso, nem é sportinguista) e já tínhamos chegado à conclusão, que realmente nos chamados "três grandes", temos 4, 5 jogadores de nível e os restantes, às vezes parece que só lá andam para "encher". Cada vez mais me convenço disso, no nosso Sporting.
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Não acho que na última partida frente ao Leixões, a equipa até nem tenha tido atitude, porque se esforçaram, porque lutaram até ao fim, pelo melhor resultado possível. A exibição foi esforçada, mas o futebol continua a saír muito "aos repelões", sem ligação, sem um fluxo constante, algo que num passado recente acontecia e que hoje não acontece. O Sporting parece uma equipa triste, desmotivada, sem chama e isso está a traduzir-se nos resultados.
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Caíndo no risco de ser criticado, volto a dizer que o Sporting também é uma equipa que realmente não tem muita sorte. Neste último jogo, o guarda-redes leixonense (para variar das nossas escolas e que estão sempre em alta contra a "casa mãe") fez a exibição de uma vida, teve defesas impossíveis, mas isso só não é "desculpa", o Sporting tem que produzir mais, tem que ser mais objectivo, mais lutador e principalmente mais concretizador.
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Ao contrário do que poderá parecer, até estou confiante para o jogo de Manchester. O Sporting "cresce" nos grandes palcos e contra as grandes equipas, mas sinceramente até nem é jogo, com o qual esteja muito preocupado. Chamem-me de pouco optimista, mas independentemente do nosso resultado (atenção que obviamente, quero sempre uma vitória), vou ficar a torcer que a Roma vença o Dínamo. A Roma vencer? Isso é mau para o Sporting pensam vocês. Sim, será mau, pois hipoteca as hipóteses de passarmos à próxima fase da Champions, mas eu já vi este filme muitas vezes e prefiro garantir um lugar na UEFA do que ficar fora da Europa, já em Dezembro.
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Para finalizar, uma palavra para o Rui Patrício. Se há um ano se estreou na Madeira e foi herói (ao defender um penalty, "feito" um metro fora da área) agora em Matosinhos já muitos queriam cruxificar o miúdo. Para mim não esteve bem, mas também teve algum azar no auto-golo de Abel e se o deixarem, vai-se fazer um dos melhores guarda-redes portugueses, no futuro. Paulo Bento já disse que vai ser titular em Manchester e eu apoio a 100%. Até porque, as constantes lesões e os atrasos de Stojkovic, já me começam a "cheira mal".
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Força Sporting! É neste momento que precisas de nós! E eu como sempre, cá estarei para te apoiar!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Parabéns Portugal

Independentemente de tudo o que se possa dizer e escrever, o que é facto e objectivo é que mais uma vez Portugal vai estar numa fase final de uma competição importante.

É preciso que nos recordemos todos que, num passado muito recente, eram muito raras as vezes em que estávamos nas montras mais importantes do futebol internacional.

Por outro lado, é oportuno também dizer que, a humildade e a postura dos grandes, tanto se vê nos momentos de derrota como nos de vitória (a interpretação deste paragrafo fica à V/ consideração - porque mais não quero dizer).

Saudações leoninas, mas acima de tudo desportivas,

Afiando Garras

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Os assobios em Leiria



Já quando se trata do Sporting e em Alvalade, é coisa que detesto! Agora parece que pegou moda e até a nossa Selecção é assobiada em território nacional. Podem não gostar de Scolari, podem não concordar com luso-brasileiros na Selecção, podem até achar que Portugal pode fazer muito mais, mas a mim, não me entra na cabeça estar a assobiar Portugal!
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Para mim, cidade portuguesa, onde a Selecção jogasse e fosse assobiada, nunca mas nunca mais a Selecção lá deveria fazer jogo nenhum!
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É a minha opinião e vale o que vale. Mas se uns se acham no direito de assobiar, eu também tenho do direito de os criticar!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Agora que a Selecção está perto do Euro...



Hoje, que a Selecção Nacional joga um dos dois jogos decisivos, para marcar presença no próximo Europeu, relembro aqui os elementos, que participaram na fase de qualificação para o Euro '84, o primeiro Campeonato da Europa, em que Portugal, conseguiu marcar presença na fase final.
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Um desafio: Sabem identificar todos os jogadores presentes na foto? Os "blogueiros" que se abstenha se faz favor, que sabem isso de cor - :) - dêem a palavra aos visitantes ;)

Quando tenho que dizer...



Nem sempre acompanho esses intitulados programas que "falam de futebol", como é o caso do Dia Seguinte ou o Trio D'Ataque, até porque, além de por vezes não ter tempo, não tenho paciência para o que lá se diz.
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De qualquer maneira, ao contrário do que alguns "génios" já me criticaram, sou alguém ponderado. Que crítico quando acho que devo criticar, que olho para o meu umbigo antes de falar dos outros, que defendo o meu clube e critíco os outros, mas que também reconheço as qualidades que eles têm.
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Isto tudo para quê? Para deixar uma palavra relativamente ao Sr. Rui Moreira, que faz parte do painel residente do programa Trio D'Ataque e que para quem não sabe, "defende" o FC Porto. Gostei da sua frontalidade, da sua racionalidade e da sua humildade, quando esta semana falou do seu clube e principalmente da actuação na Amadora. Se por vezes já o critiquei, não é a primeira vez que acho que é alguém justo, honesto e que principalmente percebe de futebol.
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Apesar dele não ser sportinguista, e como eu acho que a maioria dos sportinguistas, ao contrário do que às vezes nos acusam, até são dos adeptos que mais reconhecem qualidades nos adversários, não podia deixar de colocar aqui uma palavra, sobre a pessoa em questão.
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É um senhor e sabe de futebol... o que hoje em dia rareia, principalmente pelas televisões portuguesas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Indignos!

É isso mesmo! Hoje os jogadores do Sporting da equipa que foram na passada quarta-feira...

E, pior, foram indignos do Clube que representam!

Neste tipo de situações com as equipas (ditas) grandes é costume recorrer-se a um chavão que reza que "mandaram as camisolas". Hoje, porém, nem isso mandaram. Resolveram envergar umas coisas pretas, escuras como a exibição, negras como o futuro de quem encara uma partida com aquela passividade e que em nada me identifica o Sporting Clube de Portugal.

Não souberam aproveitar (mais um) deslize daqueles que iam embalados para encomendar as faixas e que, hoje, deixaram-se empatar da mesma forma estúpida e infantil (ou pior porque cometeram um penalty e tinham 2 golos de vantagem a 5 minutos do fim) que aconteceu ao Sporting na quarta e que, na altura, todos disseram que ao Porto nunca aconteceria.

É preciso acreditar que eles cometem erros. Que eles também tremem e que teremos que os aproveitar.

Mas o Sporting resolve fazer uma exibição que o próprio treinador a classifica, fria e objectivamente, desta forma.

O treinador do Sporting, que, diga-se, também teve o seu "momento Carlos Queirós", com a substituição que fez ao intervalo. Digo isto com todo o respeito e admiração que Paulo Bento me merece e que justifica que continue a confiar nele: se o Sporting está no lugar que o merece, como ele diz, isso também se deve a ele, não só como responsável pelos jogadores do Sporting, enquanto treinador, como também por ter sido autor de uns "tirinhos no pé"...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Não Sr. Freitas, não sofre!


Foto: Vítor Chi (Record)

O Sr. Carlos Freitas achou que seria altura, depois do Sporting (esperamos) ter atravessado uma fase menos boa, de limpar a sua imagem e desatar a dar entrevistas, começando pelo canal em que tem os melhores contactos e acabando nos jornais em que colaborou.

Resta-lhe a prova fácil que se traduz nas respostas que ele dará aos adeptos do Sporting às perguntas que lhe farão através do site e que passem no “crivo” dos senhores do Sporting, como a última fase” deste “programa de lavagem”…

Diz, então, o Sr. Freitas que necessitava de um período de reflexão, para fazer uma avaliação do trajecto dele no Sporting, porque estava a sentir na pele o “enfoque” muito acentuado de que tudo o que estava a correr menos bem no Sporting se devia a ele e pretendia questionar-se até que ponto a sua presença estaria a ser benéfica.

Ora, eu, por norma, sou apologista da tese que defende que estas reflexões se fazem no final de cada época, quando se faz um balanço da mesma e não à primeira contestação que 20 ou 30 sujeitos lhe fazem no calor da ressaca de um resultado menos positivo. Reflectir quando os jogadores e a equipa técnica atravessam um período menos bom (talvez o pior desde a “era Paulo Bento”) parece-me uma atitude aproximada àquela que os ratos têm quando o navio começa a dar mostras que pode afundar…

Do resto que eu li do que o Sr. Freitas disse, parece-me óbvio e normal e, em vez de ter estado a reflectir, poderia era ter dito o que disse para “apaziguar as hostes”, em vez de achar agora que era importante dar uma justificação pela sua tomada de posição “reflexiva”.

Quanto aos títulos (7 em 7 anos, segundo o Sr. Freitas), queria só lembrar ao Sr. Freitas que o célebre “Projecto Roquette” previa que o Sporting ganhasse 3 campeonatos em cada 5, pelo que 2 em 7, parece-me afastado dessa objectivo…

Agora tenho é que dizer ao Sr. Freitas (apesar de até não o achar responsável por isso - ou pelo menos o principal), que ele não sentiu a dor que “todos sentiram” ao perder a final da Taça UEFA. Não sentiu essa dor, porque não soube o que foi perder um dia inteiro (das 6 até às 21 horas) para comprar um bilhete, gastar dinheiro nesse bilhete, viver a expectativa de um dia inteiro, continuada para a primeira parte do jogo e, em 45 minutos, o “mundo” ruir aos seus pés. Quando muito sofreu a desilusão de um “título” perdido e de menos um bónus na sua conta bancária que, a julgar pelo último que recebeu, deveria ser bem substancial…

O Sr. Freitas também não sabe o que é sofrer pelo Sporting, porque não sofre pelo Sporting desde que se lembra.

Não sabe, porque não ia ao Estádio José Alvalade ver os jogos do Sporting para torcer pela vitória da equipa.

Não sabe, porque nunca foi ver um jogo de uma das muitas modalidades que o Sporting tinha na altura.

Não sabe, porque não sofreu a desilusão de, época atrás de época, não ganhar um título e, ainda assim, manter sempre uma fé inabalável que a glória estava próxima.

Não sabe, porque não viu um campeonato escapar-lhe como areia fina entre as mãos, devido a um jogador ter feito o jogo da vida dele.

Não sabe, porque não lhe doeu a alma quando o antigo Estádio José Alvalade foi demolido.

Não sabe, Sr. Freitas, porque, em suma, vive DO Sporting e não vive nem pode viver O Sporting como uma paixão sem limites, como algo mais que a sua entidade patronal, que lhe paga principescamente e que, quanto mais não fosse por isso, lhe deve ter respeito. A quem o dirige e aos milhares de adeptos que a suportam.

Não, Sr. Freitas, o senhor não sofre com as derrotas do Sporting tanto quanto eu sofro!

O futebol assim é cruel - um olhar espanhol ao Sporting-Roma

Vale a pena ler.

http://planetaaxel.blogspot.com/2007/11/el-ftbol-es-as-de-cruel.html

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A Sorte é para quem Tem!


Quando ao minuto 89, o Sporting sofreu o injusto golo que ditou o empate frente à Roma, enviei uma mensagem ao meu irmão que dizia: “somos mesmo uma equipa sem sorte”. Acho que foi isto que pensaram não só todos os milhares de adeptos que como eu estiveram ontem em Alvalade mas também aqueles que viram o jogo pela televisão.

Não acredito que naquele maldito minuto, não estivéssemos todos a comungar o mesmo pensamento. Aquele maldito minuto 89. Que tristeza, que raiva, que frustração, não merecíamos isso.

Fomos uma equipa sem sorte, mesmo quando após sofremos um golo madrugador, fomos à procura dela. Fizemos um bom jogo, com raiva, com querer, com personalidade, banalizámos a Roma durante quase todo o jogo. Demos a volta ao resultado merecidamente pois fomos superiores. E depois aquele maldito minuto 89.

Os nossos detractores dizem que somos como o Calimero, dizemos sempre que quando perdemos ou empatamos a culpa é da arbitragem ou da falta de sorte, mas até eles vão ter que reconhecer o que ontem foi evidente.

Uma arbitragem escandalosa sonega-nos um golo limpo, apita faltas inexistentes, mostra cartões a pedido dos italianos, não mostrando um segundo cartão amarelo a Cicinho, que daria a expulsão, empurra-nos para o nosso meio-campo o que a Roma não conseguiu fazer. E quando parecia que iríamos ser superiores a isso tudo, surgiu aquele maldito minuto 89.

Podem-me dizer que a sorte e o azar fazem parte do jogo. Eu sei! Podem afirmar que senão tivéssemos deixado Cassetti e Pizarro rematar sem oposição, teríamos ganho. Claro que sim, fomos macios a defender! Podem até argumentar que cometemos erros infantis e que uma equipa mais adulta e personalizada tinha “morto o jogo” e feito o 3-1. E eu digo que fizemos mas o belga Frank De Bleeckere foi melhor que Doni, pois resolveu o lance melhor que o guarda-redes italiano, anulando o golo. Mas por favor não esqueçam o maldito minuto 89.

Porque se tivéssemos a sorte do Benfica (e nunca vi equipa que a tenha em tão grande quantidade) aos 90+3 fazíamos o 3-2 e na sequência de uma falta inexistente que era para calar esses "romanos loucos".


Assim, só ficou aquele maldito minuto 89.

Mais fortes que (quase) tudo...



foto: Paulo Calado (Record)

O Sporting ontem deu uma verdadeira manifestação daquilo que deve ser a forma da equipa encarar o jogo. Pena os deuses do futebol nada quererem com a equipa...

O Sporting foi mais forte que aquela infantilidade que fez com que a Roma marcasse no primeiro (e único na primeira parte) remate à baliza de Tiago. Foi mais forte porque não se deixou abalar por essa contrariedade e, após um curto período de adaptação à situação, fez aquilo que uma equipa que quer ganhar deve fazer - encostou o adversário "às cordas".

E de tanto o pressionar o adversário cometeu uma primeira falha grave - o guarda-redes Doni, pressionado por Liedson, introduz bem a bola na sua própria baliza sem que aquele o tivesse sequer tocado num "farripo de cabelo" (como diria Scolari). O árbitro auxiliar manteve-se impávido e sereno junto à bandeirola de canto e o árbitro inventa uma falta para tentar sair de uma forma minimamente airosa de toda aquela situação, pois não sabia o que havia de fazer.

Mas este gravíssimo erro com influência directa e decisiva para o resultado (para quando a bola com chip, senhores da FIFA e da UEFA?), que poderia abalar a equipa, teve o condão de a fazer acreditar que era possível marcar e que devia continuar a pressionar o Roma.

Dessa pressão resultou o primeiro golo do Sporting, depois de mais um erro da equipa italiana e graças ao oportunismo de Liedson.

O Sporting continuou a pressionar o adversário, talvez não tão intensamente, mas de forma clara e inequívoca, rematando à baliza, não deixando o adversário partir para o contra-ataque e fazendo de Tiago um mero espectador durante a primeira parte.

Na segunda parte, o Roma entrou diferente e o Sporting percebeu também que não podia aguentar aquele ritmo durante mais 45 minutos. O jogo foi mais dividido, mas o Sporting sempre mais perigoso, apenas consentindo que o Roma criasse perigo por causa de uma certa falta de maturidade, devido a perdas de bola perigosas a meio-campo.

Até que de um centro-remate de Izmailov, Liedson acreditou naquilo que poucos acreditariam - que conseguia fazer golo. O Sporting passa a ceder o domínio de jogo ao adversário, até fruto da alteração táctica que havia sido feita pouco antes do golo (Yannick por Vukcevic).

O Roma vê os papéis invertidos e tenta reagir. Mais uma vez, o árbitro belga pensa dar o seu "contributo" e na dúvida decide sempre a favor do Roma. O expoente máximo desse seu "contributo" é a pressão que fez cada vez que Tiago repunha a bola nos pontapés de baliza, algo que nunca fizera a Doni quando este, com o resultado a seu favor, queimava, claramente, tempo.

O Sporting poderia, nesta fase, ter sido mais matreiro. Procurar ter mais a bola na sua posse, tentar o terceiro golo com mais calma e não em jogadas individuais que proporcionavam contra-ataques do adversário. Porém, ainda assim, o Sporting foi mais perigoso, criou as melhores oportunidades, mas não soube "matar" o jogo.

A 1 minuto do fim veio o cínico golo italiano. Depois de tabelar na sola de Moutinho, Polga, ao esticar-se, desvia a bola do alcance de Tiago que, todo balanceado para o lado contrário, não teve hipótese de chegar à bola. Em Alvalade o silêncio foi ensurdecedor...

Com este golo (e o ponto) caído do céu, o Sporting fica em posição mais difícil de conseguir o primeiro objectivo - ser apurado para a fase seguinte da Champions League.

Difícil, mas não impossível. Assim o Sporting encare os jogos que lhe faltam e acredite como neste jogo acreditou.

Agora há que aproveitar a boa fase da equipa para ganhar o próximo jogo contra o Braga e afastar, de vez, aquilo que os "arautos da desgraça" costumeiros apelidaram de "crise".

Ontem vim triste, mas orgulhoso!

P.S.: Para a Juve Leo: Viola é Fiorentina. Lazio é biancocelesti. Se queriam "picar" os adeptos da Roma ontem com a tarja «Viola Sempre», acabaram por fazer triste figura...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Glória só com muito Esforço, Dedicação e Devoção



ESFORÇO para correr mais do que o adversário e acreditar que cada lance não está perdido; que o remate terá o destino da baliza; que aquela desmarcação será fatal; que a posse de bola será mantida a todo o custo; que aquele corte será crucial; que aquele lance será ganho e aquela defesa impossível conseguida. Para suar a camisola sagrada que foi tão dignamente envergada por outros jogadores em tantas tardes e noites de glória. Para justificar precisamente que merecem envergá-la e que noites como a de hoje não acontecem todos os dias nem a todos os jogadores.

DEDICAÇÃO de quem serve o clube (e que deveria despender mais de uma hora diária para tal tarefa); de quem deveria entender que é um orgulho servir o Sporting, estar presente nos bons, mas sobretudo nos maus momentos; de quem deveria sempre transmitir uma imagem positiva, naquilo que diz e faz, pois serve um clube verdadeiramente centenário, com um enorme e rico historial e que deve, por isso, estar à altura dos seus pergaminhos.

DEVOÇÃO de quem apoia incondicionalmente o clube e não assobia quem veste a camisola com o leão rampante ao peito; de quem, não se importando com os sacrifícios que faz, vai ao estádio gritar, aplaudir, contribuir para escorar a exibição da equipa, sendo o 12º jogador.

Só assim se atinge a GLÓRIA em jogos como o de hoje e se ganha o respeito dos adversários e admiração dos adeptos

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Espectáculo ou as magnificas sandes de entremeada?

Quando procuramos uma actividade recreativa, desportiva ou cultural, ou pretendemos “apenas” cultivarmo-nos (mente e/ou corpo), ou “participamos” pelo simples gosto das actividades em si mesmo, ou, ainda, entramos na busca (apelativa) do prazer pelo puro entretenimento, diversão e espectáculo.

No que diz respeito ao desporto, não me parece que aprendamos grandes lições, por isso o conceito encaixa-se no perfil do entretenimento, diversão e espectáculo, já que ”apenas” somos espectadores – neste caso (até) “não praticantes”. É importante também que se diga, que existem alguns “espectáculos” que se enquadram nesta designação, mas que nos transferem conhecimento e informação para além do prazer e dos benefícios (sociais) evidentes e de alguns outros bons “exemplos”. Não é o caso.

Acresce o facto de, na maioria dos casos, estes espectáculos de entretenimento – jogos de futebol, serem de acesso restrito, ou por outras palavras, são de acesso generalizado a quem esteja disponível para pagar o ingresso. Relembro como “nota de rodapé” que estes ingressos, regra geral, não são nada baratos, para o nível médio de vida em Portugal.

Quando me refiro ao “apenas somos espectadores”, estava obviamente a enquadrar o raciocínio, já que esta vertente do espectáculo, que é o público, será mais importante do que se possa “pintar”, mesmo para a existência da própria actividade, tenha ela ou não uma forte componente económico-financeira numa empresa, região ou país.

Falando do SCP: Não é só a equipa de futebol que não dá espectáculo (quando isso acontece ultimamente). Os responsáveis do SCP e SAD também não o querem dar. Eu diria que é pelo facto de “não saberem mais”. São muito “fraquinhos, fraquinhos”, como diria o GF.

Pois, reparemos o que têm feito para manter de pé uma estrutura idealizada por eles, como complemento à vertente desportiva, que são todos os equipamentos contíguos ao relvado. Absolutamente (quase) nada. Ideias? Projectos? Que tal pensar nos associados? Que se lixe! Que se venda!

Pois, podemos concluir à imagem do que se passa com a gestão desses outros espaços contíguos às “4 linhas”, que a má gestão e a falta de imaginação são parte integrante destes “novos dirigentes”, com preocupações exclusivas de agradar à banca. Será que ainda não repararam que nem para “eles” (enquanto quadros de um clube e/ou SAD) são bons?

Sugestão: Eles que afastem os associados e deixem ficar os investidores e veremos que futuro os clubes têm.

Reparemos também no que têm feito para animar as tardes/noites no que diz respeito aos jogos em que somos convocados a estar presentes no nosso estádio? No inicio, no intervalo ou no final dos jogos? (quase) Nada. Excepção feita às moças “importadas” do basquetebol norte-americano via “holmes place”. Que até, deve dizer-se, não têm grande esplendor (apesar do esforço), num espaço tão amplo como é um estádio de futebol “aberto”.

Ainda me lembro que, no velhinho estádio de Alvalade, pelos menos nas competições europeias lá se ia fazendo qualquer coisinha, mesmo sem as condições ideais que um estádio “moderno” deve disponibilizar e oferecer. Agora, resta-nos esperar para ver, que bandeiras, papelinhos e faixas, as claques oficiais dos clubes trazem “desta vez”.

Pensei eu durante algum tempo que, com os novos estádios, nos iam trazer agradáveis surpresas em termos de entretenimento. Dei-lhes algum tempo de “vacatio” para ver se estaria a ser exigente ou acelerado demais. Mas, enganei-me redondamente, será que os 2 “screens” (que “roubaram” muitas centenas de lugares) só servem para passar publicidade e a composição das equipas e substituições? Será que a excelente acústica só serve para o “sumido” “speaker” gritar 3 vezes o nome Sporting antes do jogo começar? Será que o fosso só tem utilidade para apoio aos concertos, organizados por entidades “terceiras”? Será que…

Onde é que está o aproveitamento destas novas condições excepcionais? – Dizem! Onde é que está o respeito pelos “ clientes” que pagam bilhete e querem ser bem servidos (salvo aqui a vertente das “paixões clubistas” que não ligam a mais nada para além da bola que entra ou não entra na baliza).

Resta-me as bifanas com ligeiro travo a caril e o encontro sempre agradável com alguns Amigos.

Saudações leoninas, mas acima de tudo desportivas,

Afiando Garras

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

É um trinta e um este Liedson!



Não só pelo que marca, mas por tudo o que faz em campo, por toda a atitude que põe no seu jogo, não tenho dúvidas em dizer, que Liedson é dos melhores jogadores, que já vi passar pelo Sporting. Em 2001, este baiano de 29 anos era ainda um amador, que representava o Prudentópolis, no Paraná.
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Tornou-se profissional apenas em 2001/02, passou pelo Coritiba, pelo Flamengo e o Corinthians até em 2003, chegar a Alvalade. Liedson chegou sem alarido, desconhecido dos portugueses e estreou-se a 2 de Setembro de 2003, no Estádio das Antas, frente ao FC Porto, jogando 38 minutos. De lá para cá, tornou-se uma referência incontronável do Sporting, apontando 74 golos no campeonato, 13 nas provas europeias, 10 na Taça de Portugal e 3 na Taça da Liga.
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Mas Liedson é mais do que golos. Pela sua mobilidade, velocidade, técnica, disponibilidade física e táctica, pela sua entrega ao jogo, seja ele para que prova for, seja ele contra que adversário for, o "Levezinho" é hoje um símbolo do Sporting e é idolatrado por todos os sportinguistas. Um dia certo Presidente, de um clube rival disse: "Liedson é um jogador banal", ontem Liedson deu a resposta, ao apontar o seu centésimo golo, de "leão ao peito".
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Liedson resolve e não resolve poucas vezes! Parabéns "Levezinho"... és enorme!
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PS - Fontes citavam, que ontem Liedson atingiu os 99 golos, outras e o próprio, no "flash interview" da Sporttv referiam os 100 golos.

sábado, 3 de novembro de 2007

Fora de jogo? Não! Os sportinguistas é que são fanáticos!



Não é meu hábito, sequer dar "direito de antena" aos outros aqui no blogue, mas se no meu comentário ao jogo Sporting vs V. Guimarães, acompanhei até com um vídeo, a falta de Vukcevic e disse ser falta, esta não podia deixar passar em claro!
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Ao que chegaram as arbitragens! Isto vai de mal a pior! Já não bastava na passada jornada frente ao Leixões, "abafarem" por completo, a jogada irregular do primeiro golo (sim, porque quando foi o Sporting vs V. Guimarães, não se calaram 15 dias), ontem frente ao Belenenses, Hélder Postiga completamente "acampado" na área adversária, não foi curiosamente visto pelo fiscal de linha, que se encontrava ali a poucos metros, curioso não é? Quero ver o que o senhor Rui Moreira, vai agora dizer no "Trio de Ataque".
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Para quem, ainda mesmo assim, com a imagem do post fica com dúvidas (!?) pode sempre ver o vídeo, aqui.
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PS - Ainda uma nota, gostei como o comentador da Sporttv tentou sempre "abafar" a situação. Este senhor começa a "caír de mais para o azul e branco", nos jogos do FC Porto. Ainda pergunto, será que não existe outro comentador a norte? Ou temos que começar a enviar e-mails para a Sporttv, como no caso do José Marinho, até ele deixar de comentar jogos do seu Benfica, tão faccioso ela era?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Sem categoria? Quem?



Sem categoria? Quem? A julgar pelos últimos artigos que tem escrito no Jornal Record, a julgar pelas últimas palavras que tem proferido na SIC Notícias, desculpe lá ó Sr. Rui Santos, mas dá-me ideia de quem cada vez mais dá sinais de não ter categoria nenhuma é o senhor!
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O último parágrafo do artigo de quinta-feira no Record então, é mesmo só para rir!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Contra benquerenças e milagres, valeu Liedson!



Desde já concordo com Paulo Bento... esta vitória não fez passar o mau momento, mas por vezes as equipas definem-se grandes, quando nos maus momentos acabam por ganhar, seja de que forma for. Vencer é sempre um tónico, principalmente quando se atravessa um mau momento. Todavia, também não sou muito apologista do ganhar a qualquer custo, mas quando melhor não é possível, tenho que me contentar com isso. Ontem, para mim a única razão desta vitória chama-se (uma vez mais), Liedson da Silva Muniz. É impressionante, como este homem de 1.75m e 63 kg corre os 90 minutos de jogo, ataca, defende, luta, marca golos, assiste companheiros até á exaustão!
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Quanto ao Fátima, penso que é um digno vencido. Não é qualquer formação que elimina o St. Clara, a Académica, o FC Porto (se bem que nos penaltys) e faz a "vida negra" ao Sporting. Fico curioso é como esta equipa, pode estar em 10º lugar na Liga Vitalis e se bem que só com uma derrota, ter apenas duas vitórias em oito jogos, isto frente a equipas supostamente de calibre idêntico ao seu. Também não chego ao exagero de dizer, porque não estão Saleiro ou Marinho no Sporting. Não estão, porque eles não jogam aquilo que mostraram, porque eles seriam mais uns, que dariam em "flops". É tudo muito bonito jogar no Fátima, descomplexados, contra um Sporting "macio" e 3 para 3 no contra-ataque, agora jogar com a camisola listada, com uma permanente pressão de vencer, a atacar contra "onze defesas" metidos no seu meio-campo, a história é outra.
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Como disse antes, o mau momento não passou, mas esta é uma vitória que pode fazer bem à equipa. Espero que não só os jogadores, como também Paulo Bento, tenham tirado desta eliminatória uma lição (não deviam já saber?) e que vejam de uma vez por todas, que não são as camisolas que vencem jogos. O Sporting tem qualidade (em alguns sectores e alguns jogadores) mas tem de ser mais lutador, menos brando, mais objectivo, se quer vencer os seus compromissos.
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Quanto ao árbitro, não podia deixar de falar nele. Este senhor (que devia processar desde logo os pais, pelo nome que lhe deram) Olegário Benquerença, é dos juízes mais prepotentes da nossa arbitragem. O senhor treinador do Fátima, apesar de reconhecer o mérito do Sporting, ainda teve a lata de se queixar de uma arbitragem, que num geral foi sempre benevolente para com os "coitadinhos dos pequeninos". Volto uma vez mais a dizer, que não falo das arbitragens apenas quando perdemos, falo quando mesmo assim e apesar de tudo o que fazem contra o Sporting, nós conseguimos ganhar.
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Este senhor foi desde início benevolente com o anti-jogo do Fátima. Uma vez mais uma grande penalidade ficou por marcar. Na 1ª mão no Restelo, quando Purovic à queima roupa, a bola lhe bateu na mão, foi grande penalidade, quando na 1ª parte deste jogo, Liedson chuta para golo e a bola bateu no braço de um defesa do Fátima, já foi "muito em cima". Só dou mais dois exemplos. Conseguiu (e há imagens disso) dizer ao defesa direito do Fátima, Marco Airosa: "Fizeste uma, duas, três faltas, tem calma, para a próxima levas amarelo", isto numa falta à entrada da área. João Moutinho à primeira falta a meio-campo (e duvidosa) foi imediatamente admoestado. Purovic, depois de ser ostensivamente agarrado com os dois braços, à entrada da área, viu a falta ser marcada ao contrário e ainda ver cartão amarelo, de bradar aos céus! Para não falar, de uma sequência de mais duas/três faltas, sobre Purovic, que marcou sempre ao contrário!
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Vocês podem-se esquecer, mas eu nunca mais esquecerei, que foi este senhor, que num jogo frente ao V. Guimarães em Alvalade, deu propositadamente um amarelo a Liedson, por ter chutado a bola fora de campo! Mais! Teve que parar o jogo, pois o guarda-redes do Vitória já ia a marcar o pontapé de baliza, para admoestar o brasileiro. Porquê? Porque na jornada seguinte, o Sporting visitava a Luz, no jogo do título e o 5º amarelo, impossibilitava o brasileiro de jogar. Também não me esqueço, da sua manhosa arbitragem no Dragão, quando conseguiu expulsar Caneira, para o FC Porto dar a volta ao jogo e eliminar o Sporting da Taça de Portugal. Pois há quem tenha memória curta, mas eu não esqueço!
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Para finalizar e chamem-me de louco, fanático, chamem-me do que quiserem, mas aquele rapazola, que por sinal é o primeiro proveta português e dá pelo nome de Saleiro, nunca, mas nunca mais na vida dele, voltava a vestir a camisola do Sporting! Não, não foi pelo golo que apontou, foi pelas constantes aldrabices, pelas constantes percas de tempo que causou, por a certa altura se deixar ficar deitado na área do Sporting, levantar-se e quando viu que o árbitro não ia parar o jogo, voltar a deixar-se caír. Isto frente ao clube que fez a sua formação, frente ao clube com qual tem contrato, frente ao clube que lhe paga! Nunca mais!
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Domingo e porque sou sportinguista, lá estarei em Alvalade. Faça chuva, faça sol, estejam bem estejam mal, estou sempre lá, sempre com o Sporting!

Uma velinha para S.Liedson!



Já se tinha dito aqui. Para Liedson não há jogos grandes ou pequenos, rotatividades, descanso ou sequer um lance perdido, mesmo que possa aparentar que está controlado pelo adversário.

Foi o que aconteceu no terceiro golo do jogo contra o Fátima. Só mesmo Liedson para acreditar que poderia ganhar aquele lance. De resto, a "primeira equipa", cumpriu os "serviços mínimos" e teve, ainda assim, que suar bem para os cumprir.

O Marinho e o Saleiro não "servem" para o Sporting, mas dão bem para o gasto no Fátima que, pelo que fez, deixou uma imagem muito positiva e vontade de ver esta equipa na 1ª Divisão.
Mais uma vez se prova que as camisolas não ganham jogos e que os "outsiders" podem causar surpresas. Pena é que não vejamos isso da nossa equipa, p.ex., na Liga dos Campeões...

Paulo Bento pode ser teimoso, mas é bem pragmático e não esconde o sol com uma peneira. Sabe que o mau momento não foi ultrapassado e diz que «em Portugal é difícil ser-se grande treinador em dois anos. Mas destruir um treinador ou uma equipa pode ser numa semana». Concordo em absoluto! Pior ainda é quando não temos apoio daqueles que estão mais próximos do treinador ou da equipa, como, p.ex., o presidente, que se encontra no estrangeiro, ou o administrador Carlos Freitas, que até ganha prémios pelas vitórias em competições, que primou pela ausência, por se encontrar em "período de reflexão". Acho que o resultado do Sporting e dos restantes intervenientes nesta Taça da Liga deve tê-lo ajudado à reflexão...

Paulo Bento diz-se preparado para o que der e vier e eu acredito que sim e que a recepção a seguir ao jogo seria em casa com quatro mulheres: a mãe, a mulher e as duas filhotas.

Ainda bem que assim foi, porque Paulo Bento bem pode apostar que lhe estavam a preparar (se calhar após grande "reflexão") outra recepção no Estádio José Alvalade. Quando Purovic fez o empate, já se encontrava um carro de exteriores da SIC estacionado no passeio em frente ao edifício Visconde de Alvalade. Mas quando o jogo terminou após o golo de Liedson, o mesmo carro rapidamente desapareceu...

Força Paulo Bento! E lembra-te da célebre frase de Cantona: «When the seagulls follow the trawler, it's because they think sardines will be thrown in to the sea».