terça-feira, 6 de novembro de 2007

Espectáculo ou as magnificas sandes de entremeada?

Quando procuramos uma actividade recreativa, desportiva ou cultural, ou pretendemos “apenas” cultivarmo-nos (mente e/ou corpo), ou “participamos” pelo simples gosto das actividades em si mesmo, ou, ainda, entramos na busca (apelativa) do prazer pelo puro entretenimento, diversão e espectáculo.

No que diz respeito ao desporto, não me parece que aprendamos grandes lições, por isso o conceito encaixa-se no perfil do entretenimento, diversão e espectáculo, já que ”apenas” somos espectadores – neste caso (até) “não praticantes”. É importante também que se diga, que existem alguns “espectáculos” que se enquadram nesta designação, mas que nos transferem conhecimento e informação para além do prazer e dos benefícios (sociais) evidentes e de alguns outros bons “exemplos”. Não é o caso.

Acresce o facto de, na maioria dos casos, estes espectáculos de entretenimento – jogos de futebol, serem de acesso restrito, ou por outras palavras, são de acesso generalizado a quem esteja disponível para pagar o ingresso. Relembro como “nota de rodapé” que estes ingressos, regra geral, não são nada baratos, para o nível médio de vida em Portugal.

Quando me refiro ao “apenas somos espectadores”, estava obviamente a enquadrar o raciocínio, já que esta vertente do espectáculo, que é o público, será mais importante do que se possa “pintar”, mesmo para a existência da própria actividade, tenha ela ou não uma forte componente económico-financeira numa empresa, região ou país.

Falando do SCP: Não é só a equipa de futebol que não dá espectáculo (quando isso acontece ultimamente). Os responsáveis do SCP e SAD também não o querem dar. Eu diria que é pelo facto de “não saberem mais”. São muito “fraquinhos, fraquinhos”, como diria o GF.

Pois, reparemos o que têm feito para manter de pé uma estrutura idealizada por eles, como complemento à vertente desportiva, que são todos os equipamentos contíguos ao relvado. Absolutamente (quase) nada. Ideias? Projectos? Que tal pensar nos associados? Que se lixe! Que se venda!

Pois, podemos concluir à imagem do que se passa com a gestão desses outros espaços contíguos às “4 linhas”, que a má gestão e a falta de imaginação são parte integrante destes “novos dirigentes”, com preocupações exclusivas de agradar à banca. Será que ainda não repararam que nem para “eles” (enquanto quadros de um clube e/ou SAD) são bons?

Sugestão: Eles que afastem os associados e deixem ficar os investidores e veremos que futuro os clubes têm.

Reparemos também no que têm feito para animar as tardes/noites no que diz respeito aos jogos em que somos convocados a estar presentes no nosso estádio? No inicio, no intervalo ou no final dos jogos? (quase) Nada. Excepção feita às moças “importadas” do basquetebol norte-americano via “holmes place”. Que até, deve dizer-se, não têm grande esplendor (apesar do esforço), num espaço tão amplo como é um estádio de futebol “aberto”.

Ainda me lembro que, no velhinho estádio de Alvalade, pelos menos nas competições europeias lá se ia fazendo qualquer coisinha, mesmo sem as condições ideais que um estádio “moderno” deve disponibilizar e oferecer. Agora, resta-nos esperar para ver, que bandeiras, papelinhos e faixas, as claques oficiais dos clubes trazem “desta vez”.

Pensei eu durante algum tempo que, com os novos estádios, nos iam trazer agradáveis surpresas em termos de entretenimento. Dei-lhes algum tempo de “vacatio” para ver se estaria a ser exigente ou acelerado demais. Mas, enganei-me redondamente, será que os 2 “screens” (que “roubaram” muitas centenas de lugares) só servem para passar publicidade e a composição das equipas e substituições? Será que a excelente acústica só serve para o “sumido” “speaker” gritar 3 vezes o nome Sporting antes do jogo começar? Será que o fosso só tem utilidade para apoio aos concertos, organizados por entidades “terceiras”? Será que…

Onde é que está o aproveitamento destas novas condições excepcionais? – Dizem! Onde é que está o respeito pelos “ clientes” que pagam bilhete e querem ser bem servidos (salvo aqui a vertente das “paixões clubistas” que não ligam a mais nada para além da bola que entra ou não entra na baliza).

Resta-me as bifanas com ligeiro travo a caril e o encontro sempre agradável com alguns Amigos.

Saudações leoninas, mas acima de tudo desportivas,

Afiando Garras

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