Estreio este novíssimo blogue sobre o Sporting Clube de Portugal, blogue este que partilharei inicialmente com mais 5 grandes sportinguistas, com um post, que coloquei há tempos, no meu blogue pessoal.
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Há dias, no recente jogo de pré-temporada Sporting-Lille, Alvalade teve um espectador especial, o ucraniano Serguei Cherbakov. Mesmo os mais alheios à realidade futebolística e já tendo hoje, passado quase 14 anos, recordarão por certo a história deste futebolista.
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Deu nas vistas, no Campeonato do Mundo de Juniores em 91 realizado em Portugal, onde se consagrou como o melhor marcador da competição, apontando 5 golos (Egipto, Trinidade e Tobago, Australia e Espanha -2g-). Proveniente do FC Shakhtar Donetsk, chegou ao Sporting na época de 1992/93. Não se afirmando de imediato na equipa principal dos "leões" e seria em 1993/94 que começaria a ter um papel determinante.
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Numa equipa que contava com jogadores como: Peixe, Paulo Sousa, Figo, Balakov, Iordanov e Cadete, entre outros, o camisola 9 começou a ganhar o seu espaço e a deixar marcas no futebol "leonino". Apesar de não ser um goleador, jamais esquecerei o fantástico golo que apontou em Alvalade, frente ao SC Beira Mar, no final da época de 92/93 e recordo-me perfeitamente, do golo que apontou frente ao Casino Salzburg, demonstrativo da "força da natureza" que ele era, este apontado nos Oitavos-de-Final da Taça UEFA de 1993/94.
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Curiosa infelicidade, esta eliminatória frente ao Casino Salzburg, viria a ter uma íntima ligação, com o triste futuro do jovem ucraniano. Após a vitória por 2-0 na partida em Alvalade, na deslocação à Austria, o Sporting viria a ser derrotado por 3-0, o que o levou à eliminação. Na época, o presidente Sousa Cintra, não gostou e achou que o principal culpado, foi o técnico Bobby Robson e apesar de liderar o campeonato nacional, acabou por despedir o conceituado "mister" inglês.
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O inesperado despedimento de Robson, levou a que todo o plantel, fizesse um jantar de despedida e foi após esse jantar que a tragédia se viria a dar. Na madrugada de 15 de Dezembro de 1993, na Avenida da Liberdade, sob o efeito do álcool, Cherba não respeitou um semáforo, o seu Renault 21 embateu em duas viaturas e o jovem ucraniano ficou paraplégico. Triste fim de uma carreira que aos 22 anos de idade, tinha tudo para dar certo.
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Muito se falou após isso, da falta de apoio dada pelo Sporting ao jovem ucraniano. Não estou 100% dentro do assunto, mas pelo que sei, através de uma fonte que acompanhou o processo de perto, o Sporting cumpriu com o contrato até final (algo que Cherbakov diz não ser verdade), fez um jogo de solidariedade (no qual fui com o meu pai, como mostra o bilhete colocado no post) e ainda avançou com algum dinheiro, dinheiro esse que na época, acabava por ser gasto pelo pai de Cherbakov, em finalidades pouco coincidentes com a recuperação do filho e que levaram o Sporting a "fechar a torneira".
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A verdade só os intervenientes sabem, de qualquer forma e apesar de achar que a história de Cherbakov e muito menos o ex-atleta devem ser esquecidos, não acho que o Sporting seja propriamente a Santa Casa da Misericórdia. Acho sim que o Sporting com as condições que tem, poderia de uma forma, que não a monetária, ajudar Cherbakov a ir o mais longe possível na sua recuperação e a fazer dele também um exemplo para os jovens, pois Cherba, foi um jovem que pagou pelos excessos próprias dessa fase da vida, mostrando que, de pouco vale o dinheiro, de pouco vale a fama, quando vivida de forma irresponsável.
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Cherbakov tem hoje 35 anos, está casado, tem um filho e não desiste de "marcar o maior golo da sua carreira" ou seja voltar a andar. Eu desejo-lhe toda a sorte do mundo e que no futuro possa vir a assistir a esse "golo", tal como assisti ao vivo, aos outros dois grandes golos que referi em cima. Força Cherba!
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Deu nas vistas, no Campeonato do Mundo de Juniores em 91 realizado em Portugal, onde se consagrou como o melhor marcador da competição, apontando 5 golos (Egipto, Trinidade e Tobago, Australia e Espanha -2g-). Proveniente do FC Shakhtar Donetsk, chegou ao Sporting na época de 1992/93. Não se afirmando de imediato na equipa principal dos "leões" e seria em 1993/94 que começaria a ter um papel determinante.
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Numa equipa que contava com jogadores como: Peixe, Paulo Sousa, Figo, Balakov, Iordanov e Cadete, entre outros, o camisola 9 começou a ganhar o seu espaço e a deixar marcas no futebol "leonino". Apesar de não ser um goleador, jamais esquecerei o fantástico golo que apontou em Alvalade, frente ao SC Beira Mar, no final da época de 92/93 e recordo-me perfeitamente, do golo que apontou frente ao Casino Salzburg, demonstrativo da "força da natureza" que ele era, este apontado nos Oitavos-de-Final da Taça UEFA de 1993/94.
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Curiosa infelicidade, esta eliminatória frente ao Casino Salzburg, viria a ter uma íntima ligação, com o triste futuro do jovem ucraniano. Após a vitória por 2-0 na partida em Alvalade, na deslocação à Austria, o Sporting viria a ser derrotado por 3-0, o que o levou à eliminação. Na época, o presidente Sousa Cintra, não gostou e achou que o principal culpado, foi o técnico Bobby Robson e apesar de liderar o campeonato nacional, acabou por despedir o conceituado "mister" inglês.
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O inesperado despedimento de Robson, levou a que todo o plantel, fizesse um jantar de despedida e foi após esse jantar que a tragédia se viria a dar. Na madrugada de 15 de Dezembro de 1993, na Avenida da Liberdade, sob o efeito do álcool, Cherba não respeitou um semáforo, o seu Renault 21 embateu em duas viaturas e o jovem ucraniano ficou paraplégico. Triste fim de uma carreira que aos 22 anos de idade, tinha tudo para dar certo.
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Muito se falou após isso, da falta de apoio dada pelo Sporting ao jovem ucraniano. Não estou 100% dentro do assunto, mas pelo que sei, através de uma fonte que acompanhou o processo de perto, o Sporting cumpriu com o contrato até final (algo que Cherbakov diz não ser verdade), fez um jogo de solidariedade (no qual fui com o meu pai, como mostra o bilhete colocado no post) e ainda avançou com algum dinheiro, dinheiro esse que na época, acabava por ser gasto pelo pai de Cherbakov, em finalidades pouco coincidentes com a recuperação do filho e que levaram o Sporting a "fechar a torneira".
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A verdade só os intervenientes sabem, de qualquer forma e apesar de achar que a história de Cherbakov e muito menos o ex-atleta devem ser esquecidos, não acho que o Sporting seja propriamente a Santa Casa da Misericórdia. Acho sim que o Sporting com as condições que tem, poderia de uma forma, que não a monetária, ajudar Cherbakov a ir o mais longe possível na sua recuperação e a fazer dele também um exemplo para os jovens, pois Cherba, foi um jovem que pagou pelos excessos próprias dessa fase da vida, mostrando que, de pouco vale o dinheiro, de pouco vale a fama, quando vivida de forma irresponsável.
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Cherbakov tem hoje 35 anos, está casado, tem um filho e não desiste de "marcar o maior golo da sua carreira" ou seja voltar a andar. Eu desejo-lhe toda a sorte do mundo e que no futuro possa vir a assistir a esse "golo", tal como assisti ao vivo, aos outros dois grandes golos que referi em cima. Força Cherba!
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