domingo, 19 de agosto de 2007

Para um retrato de Isabel

Um corpo que se levanta na madrugada
E uma alma que procura toda a alegria
Uma voz sempre forte e bem timbrada
É mais forte que os ruídos do dia a dia

A força que quase passa despercebida
Embora seja já maior que a sua pessoa
Tenta chegar mais longe a luz da vida
Dando à mulher uma presença de leoa

Um corpo que se levanta de madrugada
Rejeitando o peso do sono mais do frio
Pois só assim a sua grande caminhada
Pode vencer todo o desespero e o vazio

Nas lágrimas mais grossas, mais quentes
Choradas nos corredores de um hospital
Está toda a força das pessoas diferentes
Capazes de poderem amar mas no plural

José do Carmo Francisco

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