sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Poema do Centenário

Ainda reinavam os príncipes e os reis
Ainda sorriam as princesas e rainhas
Naquele ano de mil novecentos e seis
Tu Sporting sabias bem ao que vinhas

Vinhas do Campo Grande e de Belas
Para chegar à Europa e a todo o Mundo
Para dar ao Desporto as novas estrelas
Fazendo ouvir o teu grito tão profundo

Dum leão que saltou dos emblemas
Para correr nas pistas e nos relvados
A derrotar opositores e problemas
Que ficam vencidos e ultrapassados

Mesmo nos campeonatos pequeninos
Ouve-se na cabina uma suave melodia
É a música já eterna dos cinco violinos
Não morreu e nasce de novo a cada dia

Há quem corra veloz ou devagarinho
Para chegar cedo à meta da verdade
Como Lopes, Mamede ou Agostinho
Estradas do campo, pistas da cidade

E mesmo quando surgem desgraças
E aquelas derrotas mais imerecidas
Aparece logo uma Taça das Taças
A dar novo sentido às nossas vidas

Clube que pratica estes desportos
Entre tantos países e tantos povos
Sente que são os velhos e os mortos
A força que empurra os mais novos

Há quem veja as coisas ao contrário
Mas ele que é antigo e tão moderno
No ano de celebrar seu centenário
Já sabe que nasceu para ser eterno

José do Carmo Francisco

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