sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O(s) Discurso(s)

Não (?) querendo ser irónico nem sarcástico, só queria pedir, neste inicio de época alguma contenção nos discursos dos nossos jogadores, dirigentes e também treinador, já que o ano passado fomos obrigados a engolir uns quantos sapos (sem segundas conotações), semana após semana – e, todos sabemos, que os sapos se tornam muito indigestos quando comidos assim, à força.

Compreendo que às vezes se tenha que ter algo a dizer para se “preencher” uma “flash interview”, ou uma conferência de imprensa, no entanto, já somos todos um povo “pró crescidinho” (digo eu!) e “pró formadito” (digo eu!), por isso já não nos deixamos embalar por qualquer cantiga “lullaby”.

É potencialmente “interessante”, tentar analisar os discursos dos agentes do fenómeno desportivo português, onde se insere o futebol, com grande “evidência”, de uma forma mais “aprofundada e séria” – assumo não ter capacidade para isso, deixo no entanto aqui uma proposta de “ensaio” sobre esse tema.

Parece-me claro que, para todos, é perceptível que estes discursos básicos, pouco originais, e até simplistas terão (?!) que ter uma explicação no âmbito das ciências sociais?!

A mim, pessoalmente, já me falta a paciência, para, semana após semana, ouvir barbaridades e verdades de “la Palisse”, que sei “irem ao encontro” daquilo que muita gente quer ouvir, mas que na realidade nos obriga (outros tantos) a metermo-nos no primeiro buraco que encontramos na segunda-feira seguinte após tamanha “desilusão” – criada pela ilusão do discurso para “as massas” (?), ou até no âmbito dos recados indirectos para dentro do grupo ou do balneário, se quisermos.

Neste âmbito, relembro as palavras que, na época passada, o treinador do Sporting proferiu após a vitória sobre um adversário em noite (des) inspirada: – “agora só dependemos de nós”.“Esse é que é o problema” – apeteceu-me dizer, naquela altura!

("só" peço) Alguém que não os deixe dependerem só deles, e que lhes ponha "tento" na língua, para não termos que, todas as semanas, nos confrontar com estes raciocínios “difíceis” de analisar e muito menos de perceber, mesmo dentro do contexto, e relativizando “a coisa”.

Bom, numa coisa pelo menos já evoluímos, ao contrário de outros, que todos os anos vão ser campeões no inicio da época, nós, apenas temos alguns objectivos, sendo que um deles vai “apenas” nesse sentido. Isso eu até entendo!!!

Chamo a atenção que nesta fase “só dependemos de nós” para sermos campeões:-).

Saudações leoninas, mas acima de tudo desportivas,

Afiando Garras

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