Tenho uma costela nostálgica, eu sei. Mas há certos hábitos que não se deviam perder no “ritual” da ida “à bola”.
Não falo das “almofadinhas prá bola” que eram “pró cu” não sofrer as agruras do cimento, porque ele agora fica instalado numa cadeirinha. O cheiro do coirato ou da castanha também já não são como antigamente e, claro, já nem o estádio está onde estava antigamente e mesmo a “mítica” Porta 10-A serve apenas de exposição.
Desse tempo quero falar apenas do facto de “ir ao futebol” ser sinónimo de ir ao domingo à tarde ou ao sábado (à tarde ou à noite), ou melhor, porquê, logo na 1.ª jornada do campeonato, um jogo à sexta-feira? O que se seguirá nas próximas 29?
Eu até entendo as antecipações em função dos jogos das competições europeias ou das selecções, mas…na 1.ª jornada do campeonato? Sexta-feira?
Eu sei que o que se pode contra-argumentar: são as televisões (principalmente uma) que mandam. Mas e nos campeonatos estrangeiros? E as 30 mil gameboxes vendidas? Não terão uma palavra a dizer? Não se poderia vender mais se soubéssemos que os jogos seriam a “horas decentes”? Não é uma desconsideração por quem comprou antecipadamente (ainda que a preços mais em conta) bilhete para todos os jogos em casa? Quando foi a última vez que o Sporting jogou em casa “à luz do dia”?
Antigamente íamos ao futebol, mas podíamos ver outra modalidade qualquer (a seguir ou antes dos jogos de futebol) ou até mesmo os mais jovens. Era um dia em cheio…
Hoje, “perdemos” os mais jovens, as modalidades, um pavilhão e o futebol a horas…de futebol.
E o que ganhámos em troca?
Sem comentários:
Enviar um comentário