





Esta crónica é dedicada de modo especial ao Fernando Venâncio que vê sempre «coisas pequenas» naquilo que na verdade é uma verdadeira guerra ideológica.
Tenho à minha frente o livro «Repórteres e reportagens de primeira página» de Jacinto Baptista e António Valdemar, uma edição do «Conselho de Imprensa» com data de 1990. Na página 41 deste livro lá está o título chamativo: «O primeiro Sporting-Benfica 1907». Os dois organizadores vão recuperar as notícias publicadas nos jornais «O Século» e «Diário de Notícias» ambos de 2 de Dezembro de 1907. Ao transcreverem a notícia do jornal «O Século» permitem-se fazer aquilo que nunca se faz em história: alterar o conteúdo do documento citado. Onde está escrito «Sport Lisboa» foi acrescentado um parêntesis recto e as palavras «e Benfica». No Diário de Notícias de 2 de Dezembro fizeram o mesmo: citaram a notícia e acrescentaram com um parêntesis recto as palavras «e Benfica». Tudo isto porque o Sport Lisboa e Benfica só foi fundado em Setembro de 1908 e não poderia de modo nenhum ter disputado um derby em 1907. Não existia. O que existe é esta guerra, esta história escrita pelos vencedores. Que leva pessoas como Jacinto Baptista e António Valdemar (cuja honestidade intelectual é intocável) a alterarem, acrescentarem e modificarem com o uso de um parêntesis recto as palavras de um documento histórico que não foi transcrito como devia. Isto é uma guerra ideológica e nós estamos do lado dos vencidos. Mas ninguém nos silencia.
José do Carmo Francisco
Os meninos “mimados” da Juventude Leonina decidiram no jogo para a Taça de Portugal, com o Louletano, manifestarem-se contra a equipa da maneira parva que todos sabemos.
Os jogadores responderam-lhes no final do jogo, virando-lhes as costas e indo dar as camisolas às outras claques, que os apoiaram desde o começo do jogo.
No jogo de 4ª feira frente ao Dínamo de Kiev, com tudo já numa pseudo normalidade, e com uma vitória robusta conseguida após uma exibição razoável frente à fraca equipa de leste, Miguel Veloso e João Moutinho, no final da partida, tentando acalmar os ânimos da claque mais antiga do Sporting, que apesar desse estatuto, parece ainda não estar legalizada, foram dar as suas camisolas à Juventude Leonina, que contrariamente ao esperado as devolveu novamente aos jogadores.
Para todos os que assistem a jogos de futebol, receber uma camisola de um jogador é um motivo de orgulho e satisfação, infelizmente para a Juve Leo parece que isso não acontece, ou então julgam-se superiores aqueles que não tendo bilhetes de borla ou mais baratos, fazem o esforço de apoiarem sempre a equipa e que não tendo estatuto privilegiado têm que gramar com esta claque.
Deixo um conselho aos jogadores do Sporting, não percam tempo com eles, se querem dar as vossas camisolas a quem realmente merece, dêem-me a mim e a todos aqueles apoiantes anónimos que sentem verdadeiramente o Sporting! Ou dêem então às crianças que em todos os jogos as pedem! E a alegria de uma criança é bem melhor que a estupidez de alguns energumenos que se dizem sportinguistas.
Há cerca de um ano perguntaram-me qual tinha sido para mim o melhor presidente do Sporting. Respondi sem hesitar: “João Rocha”.
Logo o meu interlocutor me disse que estava enganado, que essa era a imagem que geralmente as pessoas tinham, mas ele que já tinha passado por várias Direcções leoninas, de João Rocha e de Amado de Freitas, não concordava. Como quem “está no convento é que sabe o que lá vai dentro”, não adiantei mais nada à conversa, pois sendo um mero sócio, adepto e sofredor leonino e não estando nos bastidores do clube, não tinha dados para argumentar.
Mas “puxando a brasa à minha sardinha” e recordando os tempos de presidência de João Rocha, lembro-me das diversas modalidades que tínhamos e onde jogávamos sempre para vencer e não para lugares no meio da tabela como fazemos hoje nas poucas modalidades que ainda nos resta.
Sábado à tarde ou Domingo de manhã no Estádio ou nos campos anexos a ele, jogavam as camadas jovens do clube e havia muita gente a apoiar.
Íamos ao extinto pavilhão de Alvalade, acompanhar o hóquei em patins, o basquetebol, o andebol, o voleibol. O ciclismo era uma das modalidades mais populares com Agostinho a fazer vibrar os nossos corações. No atletismo Lopes era invencível. A ginástica movimentava milhares de atletas com a coordenação do Prof. Reis Pinto
No hóquei éramos imbatíveis, no andebol fomos pentacampeões, o basquetebol ganhava títulos, e quando o futebol ajudava à festa, saíamos de Alvalade de “papo cheio”.
Hoje resta a saudade. Pavilhão não temos. Hóquei também não. Voleibol e basquetebol muito menos. O andebol está a jogar para o meio da tabela, o futsal para ficar o melhor classificado possível. Do futebol já todos sabemos como vai.
Não sei se João Rocha foi o melhor presidente do Sporting (até acredito que não fosse), só sei que quando entravámos em campo, fosse em que modalidade fosse, era para ganhar, era para discutir os campeonatos com os nossos rivais. O estádio estava cheio (e não havia gameboxes vendidas antecipadamente) e no pavilhão era a abarrotar.
Agora as camadas jovens jogam em Alcochete e ninguém disponibiliza uns autocarros para quem quiser ir apoiar os miúdos, o futsal e o andebol jogam por aí, onde Deus quer, em Loures, nos Olivais, no Casal Vistoso.
Fica a saudade, do clube eclético que éramos, dos títulos que não ganhamos, do que tínhamos e desbaratámos em nome de um projecto que iria fazer o futebol voltar aos seus dias de glória.
De João Rocha a Soares Franco, tudo mudou e se transformou, o Estádio, o equipamento e até o emblema. De João Rocha a Soares Franco uma coisa ficou, contínuo a ir bola com os mesmos companheiros de sempre, o meu pai e o meu irmão.
Ah! Mas agora vai também connosco o meu primo. Então é mesmo verdade, de João Rocha a Soares Franco, já nada é igual.
Tentemos, pois, desconstruir esta frase recheada de lugares comuns e praticamente vazia de conteúdo com alguns factos.
E de tal forma o fizeram bem (e tão escaldados estavam os Sportinguistas…) que, em determinadas alturas, as mudanças de presidência do Sporting fizeram-se, tranquila e consensualmente, por cooptação. De Roquette para Dias da Cunha e deste para Soares Franco. Todo este processo de sucessão (diria quase “monárquico”) fez com que os mesmos nomes se mantivessem no Sporting, ainda que alguns num esquema de rotatividade.
Quanto ao organigrama do Sporting e das diversas empresas do grupo, esse foi conhecendo várias mudanças. Várias extinções de empresas do grupo, mudanças de competências, reduções de pessoal (despedimento de funcionários antigos, mais concretamente) para “redução de custos”…e por aqui me fico.
O emblema do Sporting foi alterado unilateralmente, sem qualquer consulta aos sócios em Assembleia Geral, nesta fase do “Projecto Roquette” para “actualizarem-no”, disseram. Para que o Sporting passasse a ser conhecido pelo seu nome e não designado por “Sporting de Lisboa”. Os resultados, na minha opinião, foram quase nulos (já vi nas competições europeias o clube ser designado, p.ex. SC Portugal…) e o emblema passou a figurar nas camisolas (e em muitos outros locais) sem o «SCP» em coroa, como mandam os estatutos, os quais foram, inclusive, objecto de revisão no decurso do “Projecto”.
O site oficial mantém a “pobreza franciscana” do jornal e é desenvolvido pela mesma empresa que mantém os sites dos clubes rivais, com um estilo em tudo parecido e com um design confuso.
A política de angariação de sócios foi nula e só agora começam apelos desgarrados tendo em vista esse objectivo e depois do presidente do Sporting, publicamente e em entrevista, elogiar o presidente do clube rival no trabalho que ele está a fazer. Não compensa, hoje em dia e ao contrário do que chegou a acontecer, alguém fazer-se sócio para praticar uma modalidade no Sporting. Basta comparar os preços. O Sporting perde, assim, uma oportunidade de ouro para poder aglutinar as pessoas do meio onde está envolvido e poder fidelizar as crianças ao Sportinguismo como aconteceu em tempos. Os lugares anuais (Gamebox) ficaram este ano aquém do esperado e, de ano para ano, pouco ou nada foi feito na estratégia de lançamento do produto, com excepção dos anúncios publicitários bem conseguidos.
1º Ponto Venho responder ao artigo do Johnny Brites... Na minha opinião: por acaso podem se ir buscar 10 / 12 jogadores por ano...têm é de ser bons jogadores...agora os nossos...VALHA-NOS DEUS...Até me dão vontade de bater na televisao e nos vizinhos!
2ºPonto: A Culpa? De quem é a culpa?
Nem os GR se safam. Cada vez que mudamos dá sempre asneira. Acho k o Rui P. é o melhor dos 3...mas ainda deve tar mto verde...e qdo o compararam ao VBaia pq era jovem, assumia as redes dum grande...blábláblá... o Miudo não está ao nivel do Baia (com a mesma idade)...e a diferença não está na qualidade da defesa...ontem saltou sozinho à bola e...toma lá disto. Mas a culpa não é só dele.
O Paulo Bento ganhou uma Taça e uma Supertaça. Agora dum ano pró outro parece que só mete água. Cada vez que mexe na equipa é uma aflição...Mas a culpa não é só dele!
Temos um presidente que a determinadas horas não sabe o que diz...que é grande mas não é grande coisa... Que prefere o Ténis ao Futebol...então porra...que seja presidente do clube de ténis da terra dele. Mas a culpa não é só dele...
Temos um Director de Futebol fraco, que pelos vistos deve ganhar comissão pelas transferencias de jogadores de leste que nunca ninguém ouviu falar... Mas a culpa não é só dele.
Somos um clube que trata mal as antigas vedetas, os jogadores que tantas alegrias nos deram, que tanto lutaram pela nossa briosa camisola (como Sá-Pinto, Iordanov, Rui Jorge...fiquemos por aqui)...mas a culpa não é nossa!
Então? De quem é a culpa de eu estar tão amargurado, triste, chateado, farto de os aturar, sinta vergonha qdo dão jogos na tv e ande quase sempre de mau humor? A culpa é do meu pai...sim do meu pai que em vez de honrar a tradição familiar e se manter fiel ao manto azul e branco da familia...resolveu embirrar com o azul e preferir o apaixonante verde (à época)...e eu? A culpa tb é minha de gostar tanto de um clube que às vezes (por vezes durante décadas!!!) não me merece!
Viva o Sporting Clube de Portugal!
Uma entrevista dada por Carlos Queiroz ao jornal a Bola, do dia 26 de Novembro, pôs em polvorosa as relações entre Sporting e o treinador adjunto do Manchester United.
O ponto da discórdia e da polémica da entrevista dada pelo ex-treinador sportinguista centrou-se na possível ida de Miguel Veloso para o Manchester United.
Filipe Soares Franco reagiu nervosamente, afirmando que o futebolista era um activo do Sporting e não iria sair em Janeiro. O que digo eu, se tornará impossível se houver um clube que pague a respectiva cláusula de rescisão.
Carlos Queiroz por sua vez, e de uma maneira deselegante, disse que o presidente do Sporting, não sabia ler, ou não sabia o que dizia, a partir de certas horas.
Isto é uma situação que não dignifica nem Queiroz, nem Soares, Franco. Carlos Queiroz devia ter reflectido primeiro naquilo que disse, não em relação a Miguel Veloso, mas em relação ao Presidente de um clube que já foi o seu e que tem um protocolo de cooperação com o Manchester. Parece que e apesar de estar em Inglaterra, conhece bem Soares Franco para fazer tais afirmações.
Por sua vez, Soares Franco está a ser ingénuo ou lírico, como é que pode garantir que Miguel Veloso, ou qualquer outro jogador, não saem em Janeiro, quando basta aos clubes interessados pagarem a respectiva cláusula de rescisão? E claro que a vontade do(s) jogador(es) seja essa. Para quê aquela reacção disparatada, quando na entrevista não foi dito nada que os jornais não tenham já afirmado? A quem interessa tudo isto?
A concluir, deixo mais três questões:
- Que raio de protocolo de cooperação é este em que só o Manchester United parece sair beneficiado?
- Será que Soares Franco, vê os mesmos jogos que nós, pois diz repetidas vezes que não é preciso ir ao mercado em Janeiro, quando todos sabemos que este plantel é dos mais fracos que temos tido?
- Será que com notícias todos os dias nos jornais desportivos, de clubes interessados em adquiri-lo, Miguel Veloso estará concentrado no Sporting, para os jogos que se aproximam, ou já se vê a pisar os grandes palcos europeus?
Osvaldo Silva, foi para muitos o melhor estrangeiro que passou pelo Sporting. O seu "hat-trick", na vitória de 5-0, no jogo da 2ª mão dos Quartos-de-Final da Taça das Taças em 1963/64 , frente ao Manchester United (já na 1ª mão em Old Trafford, tinha apontado o único golo, na derrota por 1-4), entraram para a história do Sporting e do futebol português.
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Foto: Vítor Chi (Record)
O Sr. Carlos Freitas achou que seria altura, depois do Sporting (esperamos) ter atravessado uma fase menos boa, de limpar a sua imagem e desatar a dar entrevistas, começando pelo canal em que tem os melhores contactos e acabando nos jornais em que colaborou.
Resta-lhe a prova fácil que se traduz nas respostas que ele dará aos adeptos do Sporting às perguntas que lhe farão através do site e que passem no “crivo” dos senhores do Sporting, como a última fase” deste “programa de lavagem”…
Diz, então, o Sr. Freitas que necessitava de um período de reflexão, para fazer uma avaliação do trajecto dele no Sporting, porque estava a sentir na pele o “enfoque” muito acentuado de que tudo o que estava a correr menos bem no Sporting se devia a ele e pretendia questionar-se até que ponto a sua presença estaria a ser benéfica.
Ora, eu, por norma, sou apologista da tese que defende que estas reflexões se fazem no final de cada época, quando se faz um balanço da mesma e não à primeira contestação que 20 ou 30 sujeitos lhe fazem no calor da ressaca de um resultado menos positivo. Reflectir quando os jogadores e a equipa técnica atravessam um período menos bom (talvez o pior desde a “era Paulo Bento”) parece-me uma atitude aproximada àquela que os ratos têm quando o navio começa a dar mostras que pode afundar…
Do resto que eu li do que o Sr. Freitas disse, parece-me óbvio e normal e, em vez de ter estado a reflectir, poderia era ter dito o que disse para “apaziguar as hostes”, em vez de achar agora que era importante dar uma justificação pela sua tomada de posição “reflexiva”.
Quanto aos títulos (7 em 7 anos, segundo o Sr. Freitas), queria só lembrar ao Sr. Freitas que o célebre “Projecto Roquette” previa que o Sporting ganhasse 3 campeonatos em cada 5, pelo que 2 em 7, parece-me afastado dessa objectivo…
Agora tenho é que dizer ao Sr. Freitas (apesar de até não o achar responsável por isso - ou pelo menos o principal), que ele não sentiu a dor que “todos sentiram” ao perder a final da Taça UEFA. Não sentiu essa dor, porque não soube o que foi perder um dia inteiro (das 6 até às 21 horas) para comprar um bilhete, gastar dinheiro nesse bilhete, viver a expectativa de um dia inteiro, continuada para a primeira parte do jogo e, em 45 minutos, o “mundo” ruir aos seus pés. Quando muito sofreu a desilusão de um “título” perdido e de menos um bónus na sua conta bancária que, a julgar pelo último que recebeu, deveria ser bem substancial…
O Sr. Freitas também não sabe o que é sofrer pelo Sporting, porque não sofre pelo Sporting desde que se lembra.
Não sabe, porque não ia ao Estádio José Alvalade ver os jogos do Sporting para torcer pela vitória da equipa.
Não sabe, porque nunca foi ver um jogo de uma das muitas modalidades que o Sporting tinha na altura.
Não sabe, porque não sofreu a desilusão de, época atrás de época, não ganhar um título e, ainda assim, manter sempre uma fé inabalável que a glória estava próxima.
Não sabe, porque não viu um campeonato escapar-lhe como areia fina entre as mãos, devido a um jogador ter feito o jogo da vida dele.
Não sabe, porque não lhe doeu a alma quando o antigo Estádio José Alvalade foi demolido.
Não sabe, Sr. Freitas, porque, em suma, vive DO Sporting e não vive nem pode viver O Sporting como uma paixão sem limites, como algo mais que a sua entidade patronal, que lhe paga principescamente e que, quanto mais não fosse por isso, lhe deve ter respeito. A quem o dirige e aos milhares de adeptos que a suportam.
Não, Sr. Freitas, o senhor não sofre com as derrotas do Sporting tanto quanto eu sofro!
Não acredito que naquele maldito minuto, não estivéssemos todos a comungar o mesmo pensamento. Aquele maldito minuto 89. Que tristeza, que raiva, que frustração, não merecíamos isso.
Fomos uma equipa sem sorte, mesmo quando após sofremos um golo madrugador, fomos à procura dela. Fizemos um bom jogo, com raiva, com querer, com personalidade, banalizámos a Roma durante quase todo o jogo. Demos a volta ao resultado merecidamente pois fomos superiores. E depois aquele maldito minuto 89.
Os nossos detractores dizem que somos como o Calimero, dizemos sempre que quando perdemos ou empatamos a culpa é da arbitragem ou da falta de sorte, mas até eles vão ter que reconhecer o que ontem foi evidente.
Uma arbitragem escandalosa sonega-nos um golo limpo, apita faltas inexistentes, mostra cartões a pedido dos italianos, não mostrando um segundo cartão amarelo a Cicinho, que daria a expulsão, empurra-nos para o nosso meio-campo o que a Roma não conseguiu fazer. E quando parecia que iríamos ser superiores a isso tudo, surgiu aquele maldito minuto 89.
Podem-me dizer que a sorte e o azar fazem parte do jogo. Eu sei! Podem afirmar que senão tivéssemos deixado Cassetti e Pizarro rematar sem oposição, teríamos ganho. Claro que sim, fomos macios a defender! Podem até argumentar que cometemos erros infantis e que uma equipa mais adulta e personalizada tinha “morto o jogo” e feito o 3-1. E eu digo que fizemos mas o belga Frank De Bleeckere foi melhor que Doni, pois resolveu o lance melhor que o guarda-redes italiano, anulando o golo. Mas por favor não esqueçam o maldito minuto 89.
Porque se tivéssemos a sorte do Benfica (e nunca vi equipa que a tenha em tão grande quantidade) aos 90+3 fazíamos o 3-2 e na sequência de uma falta inexistente que era para calar esses "romanos loucos".
Assim, só ficou aquele maldito minuto 89.
Quando procuramos uma actividade recreativa, desportiva ou cultural, ou pretendemos “apenas” cultivarmo-nos (mente e/ou corpo), ou “participamos” pelo simples gosto das actividades em si mesmo, ou, ainda, entramos na busca (apelativa) do prazer pelo puro entretenimento, diversão e espectáculo.
No que diz respeito ao desporto, não me parece que aprendamos grandes lições, por isso o conceito encaixa-se no perfil do entretenimento, diversão e espectáculo, já que ”apenas” somos espectadores – neste caso (até) “não praticantes”. É importante também que se diga, que existem alguns “espectáculos” que se enquadram nesta designação, mas que nos transferem conhecimento e informação para além do prazer e dos benefícios (sociais) evidentes e de alguns outros bons “exemplos”. Não é o caso.
Acresce o facto de, na maioria dos casos, estes espectáculos de entretenimento – jogos de futebol, serem de acesso restrito, ou por outras palavras, são de acesso generalizado a quem esteja disponível para pagar o ingresso. Relembro como “nota de rodapé” que estes ingressos, regra geral, não são nada baratos, para o nível médio de vida em Portugal.
Quando me refiro ao “apenas somos espectadores”, estava obviamente a enquadrar o raciocínio, já que esta vertente do espectáculo, que é o público, será mais importante do que se possa “pintar”, mesmo para a existência da própria actividade, tenha ela ou não uma forte componente económico-financeira numa empresa, região ou país.
Falando do SCP: Não é só a equipa de futebol que não dá espectáculo (quando isso acontece ultimamente). Os responsáveis do SCP e SAD também não o querem dar. Eu diria que é pelo facto de “não saberem mais”. São muito “fraquinhos, fraquinhos”, como diria o GF.
Pois, reparemos o que têm feito para manter de pé uma estrutura idealizada por eles, como complemento à vertente desportiva, que são todos os equipamentos contíguos ao relvado. Absolutamente (quase) nada. Ideias? Projectos? Que tal pensar nos associados? Que se lixe! Que se venda!
Pois, podemos concluir à imagem do que se passa com a gestão desses outros espaços contíguos às “4 linhas”, que a má gestão e a falta de imaginação são parte integrante destes “novos dirigentes”, com preocupações exclusivas de agradar à banca. Será que ainda não repararam que nem para “eles” (enquanto quadros de um clube e/ou SAD) são bons?
Sugestão: Eles que afastem os associados e deixem ficar os investidores e veremos que futuro os clubes têm.
Reparemos também no que têm feito para animar as tardes/noites no que diz respeito aos jogos em que somos convocados a estar presentes no nosso estádio? No inicio, no intervalo ou no final dos jogos? (quase) Nada. Excepção feita às moças “importadas” do basquetebol norte-americano via “holmes place”. Que até, deve dizer-se, não têm grande esplendor (apesar do esforço), num espaço tão amplo como é um estádio de futebol “aberto”.
Ainda me lembro que, no velhinho estádio de Alvalade, pelos menos nas competições europeias lá se ia fazendo qualquer coisinha, mesmo sem as condições ideais que um estádio “moderno” deve disponibilizar e oferecer. Agora, resta-nos esperar para ver, que bandeiras, papelinhos e faixas, as claques oficiais dos clubes trazem “desta vez”.
Pensei eu durante algum tempo que, com os novos estádios, nos iam trazer agradáveis surpresas em termos de entretenimento. Dei-lhes algum tempo de “vacatio” para ver se estaria a ser exigente ou acelerado demais. Mas, enganei-me redondamente, será que os 2 “screens” (que “roubaram” muitas centenas de lugares) só servem para passar publicidade e a composição das equipas e substituições? Será que a excelente acústica só serve para o “sumido” “speaker” gritar 3 vezes o nome Sporting antes do jogo começar? Será que o fosso só tem utilidade para apoio aos concertos, organizados por entidades “terceiras”? Será que…
Onde é que está o aproveitamento destas novas condições excepcionais? – Dizem! Onde é que está o respeito pelos “ clientes” que pagam bilhete e querem ser bem servidos (salvo aqui a vertente das “paixões clubistas” que não ligam a mais nada para além da bola que entra ou não entra na baliza).
Resta-me as bifanas com ligeiro travo a caril e o encontro sempre agradável com alguns Amigos.
Saudações leoninas, mas acima de tudo desportivas,
Afiando Garras