sábado, 26 de janeiro de 2008

Quando estive no relvado antes do clássico


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Aproveitando a deixa dos meus companheiros de blogue "Caetano" e a propósito do Sporting-FC Porto, partilho convosco esta foto exclusiva, tirada por mim, minutos antes de começar esse mesmo "clássico", na época de 2002/03, curiosamente também ele jogado em Janeiro. O resultado não foi o melhor, pois perdemos 0-1 (golo de Costinha), com os "azuis e brancos" a serem dirigidos por José Mourinho.
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De qualquer forma e à parte do resultado, tenho boas recordações, pois andei pelo relvado de Alvalade, minutos antes de começar a partida, ali perto de todos os craques e tirei a foto do Jardel com a Bota de Ouro que tinha alcançado na época anterior. A situação deveu-se, a eu na altura, trabalhar em parceria com a Assessoria de Imprensa do brasileiro, no projecto do Site Oficial dele.
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Recordo-me de ver diversos avançados com a nossa camisola, desde os míticos "Manel" e Jordão, a Fernando Gomes, Cadete, Iordanov, Acosta e porque não... Liedson. Mas sinceramente, Jardel era bestial e foi um dos melhores que vi ao vivo. Aquela época de 2001/02, com João Pinto a "servi-lo", foi fantástica. Quem ia a Alvalade ou a qualquer outro campo onde o Sporting jogasse, às vezes quase já nem precisava olhar, João Pinto centrava... Jardel marcava.
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Privei de perto com o Mário e é realmente pena o rumo que a sua carreira/vida tomou. O Mário é uma óptima pessoa, generoso, amigo, brincalhão, mas muito criança. Tinha tanto de instinto de goleador, como fora de campo tinha de meninice e enquanto Karen esteve a seu lado, as coisas ainda se foram compondo, quando deixou de estar, foi a derrocada. Como todos nós tem defeitos e alguns dos seus vícios prejudicaram-no. Não teve personalidade suficiente para saber gerir a fama, o dinheiro e como o João Caetano também referiu, foi mal aconselhado e enquanto esteve no topo, muitos "amigos da onça" o rodearam. Quando deixou de ser "o maior", conta-se pelos dedos, os que ficaram perto dele.
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Enfim é triste, muito triste. De qualquer forma, tenho todo o orgulho em ter privado com ele, de o ter conhecido, de ter estado em casa dele. Deu-me uma camisola dele, da época em que fomos campeões e que ele marcou 42 golos. Só não a guardei religiosamente, porque um dia, a dei ao meu primo mais novo - e não me arrependo - quando este estava no hospital.
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Para mim lembrarei sempre Jardel, como um dos grandes goleadores que vi jogar e nunca deixarei de cantar: Mário Jardel! Mário Jardel! Super Mário! Mário Jardel!

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