Assim, com aspas e tudo, porque a citação pertence a Álvaro Braga Júnior. E é graças a esta sua frase que abro aqui um parêntesis no Sporting em particular. Mas é por causa de algo que, sendo mais abrangente, também diz respeito ao Sporting e aos sportinguistas.
A Braga Júnior fugiu-lhe a boca para a verdade no meio das diversas declarações sobre aquilo que classificou de «dia triste para o futebol português». E nem é preciso dizer aqui o que é. Basta apenas lembrar que o autor dessas declarações, recém-eleito presidente da SAD do Boavista, que, para além de ter feito comentários à jornada futebolística para a Antena 1, já serviu o Farense, o Imortal, o FC Porto, o Sporting e o Benfica como “profissional” que é. Seja lá o que isso for aplicado ao “nosso futebol”, aquele tal que “não tem emenda”…
É fantástico como alguém que, como se vê, tem vivido do “nosso futebol” se dá ao desplante de proferir uma tirada destas. Como se não fosse igualmente responsável por parte do “nosso futebol” dos últimos (muitos) anos.
Quem conhece minimamente a história do tal “nosso futebol”, chega rapidamente à conclusão que os dirigentes do mesmo sempre puseram à frente da objectividade, do rigor e da verdade os seus interesses ou os interesses dos seus clubes, principalmente quando exerciam funções que obrigavam a uma isenção acima de qualquer tipo de dúvida. O ataque pessoal toma sempre a dianteira dos argumentos em lugar da discussão objectiva. É uma táctica simples, velha e batida, de diversão, para tentar fazer esquecer os verdadeiros responsáveis pela situação de, maior ou menor, crise que se vive, aumentando a intensidade das declarações de diversão consoante essa menor ou maior gravidade.
Ontem, à porta da sede da FPF, o célebre Manuel do Laço dizia aos carros que saíam do edifício que o Boavista não merecia o que lhe estão a fazer. Não pude deixar de olhar para este “emblemático” adepto do clube axadrezado, como simbolizando todos os adeptos boavisteiros. E vi-o ali, sozinho, não querendo aceitar que o Boavista, que viu ser campeão, altura em que emprestou o seu rosto para simbolizar a felicidade do feito, vai descer de divisão administrativamente. Manuel do Laço estava ali só e desamparado. Tal como, no final de contas, estes dirigentes nos deixam a nós, adeptos e verdadeiros amantes dos clubes, únicos defensores da sua história, do seu passado, dos seus valores e aqueles que jamais o abandonam, o trocam ou o traem.
Na solidão de Manuel do Laço, não pude também deixar de ver a solidão de todos nós, adeptos, que não nos identificamos com este “nosso futebol”. Sim, com aquele que “não tem emenda”.
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Nós, adeptos, que, durante anos a fio, deixámos que este clã de gente de poucos escrúpulos dominasse o desporto que tanto amamos e que fizesse dele campo de batalha de uma luta sem quartel, na qual valia tudo para derrotar o adversário. Nós, adeptos, que há muito interiorizámos que o “nosso futebol não tem emenda” e que, progressivamente, abandonámos os estádios e aceitámos que nos “vendessem” à noite e em prestações um futebol que nos pertencia, que era vivido com a intensidade e o fervor dos sábados e domingos à tarde em estádios a abarrotar e que agora é consumido como qualquer “fast food” ou “enlatado da TV”.
Enfim, nós, adeptos, que sofremos dolorosamente os erros e as falcatruas de quem tinha a responsabilidade de zelar de forma séria pelos destinos dos nossos clubes e do futebol em geral, pois os clubes sofrem mais que os dirigentes que os colocaram nessas situações, pois saem quase incólumes da situação. Mas também nós, adeptos, que, por inércia, deixámos que esta linhagem de dirigentes tomasse conta do futebol nos nossos clubes e nos órgãos que o superintendem, sob o pretexto que, assim, trariam maior rigor e transparência, pois havia que acompanhar a evolução dos tempos.
Nós, adeptos, que, durante anos a fio, deixámos que este clã de gente de poucos escrúpulos dominasse o desporto que tanto amamos e que fizesse dele campo de batalha de uma luta sem quartel, na qual valia tudo para derrotar o adversário. Nós, adeptos, que há muito interiorizámos que o “nosso futebol não tem emenda” e que, progressivamente, abandonámos os estádios e aceitámos que nos “vendessem” à noite e em prestações um futebol que nos pertencia, que era vivido com a intensidade e o fervor dos sábados e domingos à tarde em estádios a abarrotar e que agora é consumido como qualquer “fast food” ou “enlatado da TV”.
Enfim, nós, adeptos, que sofremos dolorosamente os erros e as falcatruas de quem tinha a responsabilidade de zelar de forma séria pelos destinos dos nossos clubes e do futebol em geral, pois os clubes sofrem mais que os dirigentes que os colocaram nessas situações, pois saem quase incólumes da situação. Mas também nós, adeptos, que, por inércia, deixámos que esta linhagem de dirigentes tomasse conta do futebol nos nossos clubes e nos órgãos que o superintendem, sob o pretexto que, assim, trariam maior rigor e transparência, pois havia que acompanhar a evolução dos tempos.
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É chegada a hora de, nós, adeptos verdadeiros do futebol português, dizer que este não é o “nosso futebol”. É chegada a hora de dizer que são estes dirigentes que vão rodando nos vários cargos e eternizando-se no futebol português, vivendo à sua e à nossa custa, que, verdadeiramente, “não têm emenda”. É chegada a hora de dizer «Basta! Vão-se embora!».
É chegada a hora de, nós, adeptos verdadeiros do futebol português, dizer que este não é o “nosso futebol”. É chegada a hora de dizer que são estes dirigentes que vão rodando nos vários cargos e eternizando-se no futebol português, vivendo à sua e à nossa custa, que, verdadeiramente, “não têm emenda”. É chegada a hora de dizer «Basta! Vão-se embora!».
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Estou farto de ouvir esta gente falar do futebol português como se nada tivessem a ver com o destino que ele tomou nas últimas décadas, falando com um desplante tal que se permitem criticar tudo e todos, mesmo aqueles que tentam colocar alguma dignidade que resta nas decisões que tomam. Já não aguento mais o “tempo de antena” que esta gente tem nos meios de comunicação social, falando com a assertividade de quem se julga impune e acima do bem e do mal.
O futebol português apenas não terá emenda enquanto esta gente continuar e perdurar nele, porque, como diz o parecer pedido pela FPF ao Prof. Freitas do Amaral, estes dirigentes não têm condições para continuar a exercer as suas funções com “um elevado grau de aceitação social”.
Estou farto de ouvir esta gente falar do futebol português como se nada tivessem a ver com o destino que ele tomou nas últimas décadas, falando com um desplante tal que se permitem criticar tudo e todos, mesmo aqueles que tentam colocar alguma dignidade que resta nas decisões que tomam. Já não aguento mais o “tempo de antena” que esta gente tem nos meios de comunicação social, falando com a assertividade de quem se julga impune e acima do bem e do mal.
O futebol português apenas não terá emenda enquanto esta gente continuar e perdurar nele, porque, como diz o parecer pedido pela FPF ao Prof. Freitas do Amaral, estes dirigentes não têm condições para continuar a exercer as suas funções com “um elevado grau de aceitação social”.
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Eles também se desacreditaram aos olhos dos Portugueses e deram e continuam a dar uma má imagem do futebol português no estrangeiro.
É hora, pois, de reclamarmos de volta aquilo que é nosso: o verdadeiro "nosso futebol". Não este. Não é nosso o futebol que foi construído por quem não têm "emenda"...
Eles também se desacreditaram aos olhos dos Portugueses e deram e continuam a dar uma má imagem do futebol português no estrangeiro.
É hora, pois, de reclamarmos de volta aquilo que é nosso: o verdadeiro "nosso futebol". Não este. Não é nosso o futebol que foi construído por quem não têm "emenda"...
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