É por causa destas e doutras que o Rui Santos faz como o João Pinto e só dá prognósticos depois do jogo.
Depois de dois jogos para o campeonato monótonos, depois de exibições e resultados paupérrimos, ontem Sporting e Benfica, em apenas um terço do jogo, resolveram desmentir-me e mostrar que ainda há mais história para fazer nos derbies e, como dizia o Filipe Reis num comentário, este continua a ser O jogo.
Mas se o jogo tivesse apenas 60 minutos não diríamos isto tudo. No Sporting, com Veloso a confirmar-se cada vez mais como trinco e menos como central, o futebol praticado era mais do mesmo - era o controle. No Benfica, com a surpresa da táctica delineada para o jogo, apostando na velocidade de Di Maria e no contra-ataque, cada remate à baliza era um golo.
Se João Moutinho, aos 61 minutos não tivesse roubado a bola a Rui Costa e desferido um violento pontapé à barra da baliza de Quim, o jogo teria, provavelmente, outra história.
Pode parecer que não, mas aquele pontapé de Moutinho foi dado com o pé, mas também com a alma. Foi um pontapé para sacudir o orgulho. Foi um pontapé que despertou os colegas, que despertou as bancadas, despertou os Deuses do Futebol e fez tremer os adversários, pois o estrondo no poste foi suficiente para vermos que a defesa do Benfica, que parecia sólida, mais não era do que um daqueles cenários de cartão de uma qualquer peça de teatro, que desabou com o vento que o remate fez.
Despertado também o treinador, que tirou, finalmente, Romagnoli (que mais não foi do que uma sombra de si próprio) que libertou a equipa do espartilho do losango e apostou, corajosamente, em Derlei, o Sporting partiu para cima do adversário, ganhando segundas bolas, arriscando o remate.
A «estocada final» foi dada pelo...treinador do Benfica, tirando Di Maria (que, como declarou, «estava todo...estava cansado!»), colocando Sepsi, «encolhendo» a equipa e encorajando mais o Sporting a arriscar.
Quando, aos 67 minutos, Vukcevic centrou de pé direito para Yannick empurrar para dentro da baliza, muitos pensaram que o mais difícil estava feito, mas nem mesmo os mais optimistas pensariam que, a partir do empate aos 76, se gritaria golo no estádio mais 4 vezes até ao final do jogo!
E nem o facto de um desses golos ter sido do Benfica (em mais um pontapé à baliza, talvez o único da segunda parte), quando o mais difícil (a reviravolta) estava feito, desmoralizou a equipa tal a confiança que demonstraram!
A altura, agora, é de saborear mais uma vitória frente ao adversário com contornos dramáticos e números expressivos.
Mas, amanhã, não nos iludamos, teremos de ganhar os jogos que faltam no campeonato. E, claro, a final da Taça, pois ontem mais não foi do que meia-hora de futebol bafejada pelos Deuses e um grito de orgulho, com o despertar da raça do Leão num pontapé do Capitão!
PS.: Uma última palavra ao Ricardo Araújo Pereira - calculo que seja difícil digerir 5 quando os 3 da Académica ainda não o estavam e, depois disso tudo, engolir a costumeira «bazófia lampiã», mas os fármacos disponíveis no mercado, hoje em dia, fazem milagres...
Foto: Record
Depois de dois jogos para o campeonato monótonos, depois de exibições e resultados paupérrimos, ontem Sporting e Benfica, em apenas um terço do jogo, resolveram desmentir-me e mostrar que ainda há mais história para fazer nos derbies e, como dizia o Filipe Reis num comentário, este continua a ser O jogo.
Mas se o jogo tivesse apenas 60 minutos não diríamos isto tudo. No Sporting, com Veloso a confirmar-se cada vez mais como trinco e menos como central, o futebol praticado era mais do mesmo - era o controle. No Benfica, com a surpresa da táctica delineada para o jogo, apostando na velocidade de Di Maria e no contra-ataque, cada remate à baliza era um golo.
Se João Moutinho, aos 61 minutos não tivesse roubado a bola a Rui Costa e desferido um violento pontapé à barra da baliza de Quim, o jogo teria, provavelmente, outra história.
Pode parecer que não, mas aquele pontapé de Moutinho foi dado com o pé, mas também com a alma. Foi um pontapé para sacudir o orgulho. Foi um pontapé que despertou os colegas, que despertou as bancadas, despertou os Deuses do Futebol e fez tremer os adversários, pois o estrondo no poste foi suficiente para vermos que a defesa do Benfica, que parecia sólida, mais não era do que um daqueles cenários de cartão de uma qualquer peça de teatro, que desabou com o vento que o remate fez.
Despertado também o treinador, que tirou, finalmente, Romagnoli (que mais não foi do que uma sombra de si próprio) que libertou a equipa do espartilho do losango e apostou, corajosamente, em Derlei, o Sporting partiu para cima do adversário, ganhando segundas bolas, arriscando o remate.
A «estocada final» foi dada pelo...treinador do Benfica, tirando Di Maria (que, como declarou, «estava todo...estava cansado!»), colocando Sepsi, «encolhendo» a equipa e encorajando mais o Sporting a arriscar.
Quando, aos 67 minutos, Vukcevic centrou de pé direito para Yannick empurrar para dentro da baliza, muitos pensaram que o mais difícil estava feito, mas nem mesmo os mais optimistas pensariam que, a partir do empate aos 76, se gritaria golo no estádio mais 4 vezes até ao final do jogo!
E nem o facto de um desses golos ter sido do Benfica (em mais um pontapé à baliza, talvez o único da segunda parte), quando o mais difícil (a reviravolta) estava feito, desmoralizou a equipa tal a confiança que demonstraram!
A altura, agora, é de saborear mais uma vitória frente ao adversário com contornos dramáticos e números expressivos.
Mas, amanhã, não nos iludamos, teremos de ganhar os jogos que faltam no campeonato. E, claro, a final da Taça, pois ontem mais não foi do que meia-hora de futebol bafejada pelos Deuses e um grito de orgulho, com o despertar da raça do Leão num pontapé do Capitão!
PS.: Uma última palavra ao Ricardo Araújo Pereira - calculo que seja difícil digerir 5 quando os 3 da Académica ainda não o estavam e, depois disso tudo, engolir a costumeira «bazófia lampiã», mas os fármacos disponíveis no mercado, hoje em dia, fazem milagres...
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