sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Assistências em Alvalade

No seguimento do “post” anterior do João, deixo abaixo dois quadros publicados pelo jornal Record que contêm os comparativos das assistências médias em Alvalade (até 1 de Outubro de cada ano) e das Gameboxes vendidas:

Assistências médias em Alvalade
(até 1 de Outubro do ano)

2003 (29.639)
2004 (25.838)
2005 (32.036)
2006 (33.222)
2007 (34.039)
2008 (24.992)

Gameboxes por época

2003/04 31.204
2004/05 29.475
2005/06 29.268
2006/07 34.129
2007/08 32.068
2008/09 26.709 (a)

(a) – Vendidas até 2.10.08

Parece evidente a correlação entre o número de Gameboxes vendidas e a performance no campeonato.

Em 2005/06 lutamos pelo título até perto do final do campeonato, o que deu ânimo aos Sportinguistas para comprarem a sua Gamebox na época seguinte.

Em 2006/07 disputamos o título até ao último minuto da competição, o que (apesar de não ter dados sobre isso) terá motivado os sócios e adeptos a adquirirem a Gamebox durante a época, nomeadamente a que inclui os jogos da segunda volta.

Em 2007/08 lembro-me de passar todos os dias junto ao placard que apresenta o número de Gameboxes vendidas (morava junto ao Estádio) e verificar que as vendas estagnaram a partir de certa altura. Parece-me óbvio que o decréscimo em relação à época anterior decorre de termos ficado afastados muito cedo da luta pelo primeiro lugar no campeonato, o que não motivou os sócios e adeptos a comprarem a Gamebox durante a época.

Este ano estamos a sofrer as consequências de termos realizado na época anterior um mau campeonato em termos pontuais (apenas ficamos em segundo lugar porque ainda houve quem fizesse muito pior) e um péssimo campeonato em termos exibicionais.

As campanhas de marketing, independentemente da sua qualidade e imaginação, tornam-se irrelevantes quando os resultados e o “produto” (leia-se “exibições”) não acompanham as aspirações da exigente massa associativa do Sporting.

O desempenho de qualquer empresa deriva da sua performance operacional e comercial.

A área financeira serve para dotar a empresa do equilíbrio necessário para que não surjam sobressaltos no seu dia-a-dia nem no médio e longo prazo, mas está sempre dependente da performance operacional e comercial.

No Sporting, a parte operacional está obviamente entregue ao nosso plantel, mas é bom que todos os nossos atletas e equipa técnica tenham a perfeita noção que a parte comercial também é quase integralmente da sua responsabilidade.

É muito importante ganhar, mas também é importante ganhar jogando bem. E eu devo dizer que há bastante tempo que, salvo raras excepções, considero que as exibições do Sporting estão aquém daquilo que a qualidade dos nossos atletas pode “produzir”.
Independentemente de tudo isto reitero a minha opinião que, enquanto sócios e adeptos, os Sportinguistas devem entrar no nosso Estádio com o objectivo de funcionar como 12º jogador, pelo que os assobios durante os 90 minutos devem ser evitados.

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