segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ontem, amanhã, mas sobretudo hoje...


Posicionando-me mais uma vez - neste momento delicado:

1º Temos de ser respeitadores de todas as opiniões, sejam elas quais forem;
2º Temos de estar agradecidos a todos quantos representaram o Sporting de uma forma digna e profissional;
3º Temos de apoiar a actual direcção e só no final do seu mandato fazer o balanço. Só fazendo força “todos” para o mesmo lado é que podemos resistir a algumas “marés/ondas mais fortes e perigosas” (esta postura parece-me básica mas essencial);
4º Temos de correr do Sporting – não necessariamente à pancada (estou a brincar), todos aqueles que procuram condicionar o trabalho de quem nos representa, quer dirigentes, quer treinadores, quer atletas. Eu posso dize-lo de uma forma bastante aberta, já que nunca serei incondicional de ninguém. Fazer lobbing é uma coisa bem diferente e aceitável, empurrar (de todas as formas) as pessoas para as nossas opiniões, como sendo as mais correctas e únicas, é outra bem diferente;
5º Eu acredito que seja possível ter/mostrar paixão mantendo alguma clarividência, serenidade e equilibrio.

Criticas Directas:

Não gosto de ver o meu presidente a baixar o nível publicamente;
Não gosto de ver adeptos/simpatizantes do meu Sporting a baixar o nível;
A opinião mostra-se através do diálogo e das opiniões ditas ou escritas, e não através de atitudes e actos menos elegantes e mais primários – era isso que ainda diferenciava o nosso clube (aos meus olhos).

Notas Finais:

Em cada um de nós existe um "treinador", um "dirigente" e um "atleta" (o tal da perna às costas e da avó ao colo), mas na verdade nós não somos potenciais treinadores do Sporting, não fomos candidatos à presidência do Sporting e nem jogamos à bola no Sporting, por isso devemos determo-nos por uma análise mais distanciada, procurando fazer raciocínios racionais, lógicos e analíticos - se possível "sem o coração e a emoção", estruturantes e até de planeamento e enquadramento, com base na avaliação feita, mas nunca apontar caminhos, como sendo “os caminhos”, porque o Sporting neste momento tem ao seu leme pessoas que foram eleitas para o fazer e, melhor ou pior, têm toda (e neste caso foi muita = % nas eleições) a legitimidade para o fazer.

Mais do que estarmos a elencar as nossas preferências para treinador, acho que o Sporting tem de repensar toda a sua estrutura/departamento do futebol. Parece-me o ponto essencial.

Eu, normalmente sou contra estas listagens que surgem nestas alturas, mas não resisto a apontar um nome que me agradava. Creio que existem alguns potenciais bons nomes, nomeadamente para gerir os activos e fazer a direcção “técnica”, mas eu acho que o nome de Luís Freitas Lobo para este papel – antigamente atribuído ao Carlos Freitas, seria fantástico, já que em termos de conhecimento prospectivo (BD de jogadores) e de análise (estratégica) dos adversários é uma pessoa muito competente, para além de ser uma pessoa aparentemente serena e com alguma elevação no trato.

Como não desisto facilmente, espero que esta pequena convulsão/revolta/revolução nos encaminhe para um futuro próximo mais agradável e de acordo com o que todos nós pretendemos. Até ver o Sporting pode continuar a ter o meu apoio, directo e indirecto.

Para acabar, só queria relembrar o seguinte:

Durante 18 anos enchemos estádios sem ganhar nada, mantivemos a serenidade sem o gosto pelos troféus, mas a verdade é que demos grandes exemplos de cidadania, de paixão clubista (chamem-lhe mística ou o que quiserem) de desportivismo e de fair-play, que ainda hoje são lembrados por esse mundo fora. Eu orgulho-me desses tempos. Não que goste de perder, mas o saber estar, o saber perder, tal como o saber ganhar fazem parte da estrutura de um Homem, a que eu chamo Homem grande.

Não vamos esconder as caras, vamos levantar a cabeça e dizer que somos Sporting e não nos envergonharmos disso.


Saudações leoninas, mas acima de tudo desportivas,

Afiando Garras

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