Passam dois anos depois do escândalo do golo fantasma que ditou a vitória do Porto sobre o Sporting por 1-0 com um árbitro do Belenenses a ir à televisão explicar tudo (Jorge Coroado) pois a palavra deliberadamente é chave na interpretação da letra da lei. Um jogador caído no chão só faz cortes; não faz passes. Dois anos depois aí está novo escândalo. O responsável pelos árbitros que se calou como um rato depois do golpe do Algarve com aquele penalty fantasma que levou o Benfica ao colo na Taça da Liga, afirmou agora que esta era uma nomeação «normal». Mentiu. Este árbitro Duarte Gomes está envolvido num processo pois agrediu o treinador de guarda-redes do Sporting antes dum jogo Sporting-Setúbal depois de ter entrado pela baliza dentro dos «leões» no aquecimento. Também empurrou o «segurança». Se houvesse uma réstea de bom-senso nesse trambolho (Vítor Pereira) não teria nomeado este Duarte Gomes pois só atirou petróleo para a fogueira. Ontem ele poupou a expulsão ao Raul Meireles e foi lesto em dar dois amarelos ao Miguel Veloso em duas faltas mas esqueceu-se de mostrar cartão ao Tomás Costa quando este trambolho deu uma joelhada ao Caicedo e não mostrou amarelos aos jogadores do Porto que fizeram faltas violenta e sucessivas. Sei que isto está tudo montado pois por um lado o Porto tem que «ganhar sempre custe o que custar e doa a quem doer» e o Benfica investiu mais de 50 milhões de euros em jogadores e, tal como se viu em Leiria, esse investimento não se pode perder. Lembro-me sempre dos versos do Alexandre O´ Neill - «Você tem-me cavalgado seu malvado / mas não me tem posto a pensar como você / que uma coisa pensa o cavalo / outra quem está a montá-lo».
José do Carmo Francisco